
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encaminhou ao Ministério da Justiça, na sexta-feira (12), informações detalhadas sobre as condições de detenção da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), caso ela seja extraditada da Itália.
O objetivo do documento é responder às autoridades italianas, que solicitaram detalhes sobre onde e sob quais condições Zambelli ficaria presa no Brasil. A deputada foi condenada a 10 anos de reclusão em regime inicialmente fechado pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa em Roma desde julho de 2025 para garantir sua extradição.
O documento, elaborado pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP) e enviado pelo STF, informa que Zambelli pode cumprir pena na Penitenciária Feminina do DF (PFDF), popularmente conhecida como Colmeia.
O Ministério da Justiça havia solicitado informações específicas, às quais o STF respondeu:
- Violência/Gangues: A VEP assegurou que as denúncias de violação de direitos são apuradas e que os órgãos de controle acompanham a unidade continuamente.
- Capacidade da Polícia Prisional: Afirmou que os policiais penais são servidores concursados e treinados para segurança e gestão prisional. A VEP ainda destacou que nunca houve rebelião na PFDF.
- Condições das Presas: Informou que a PFDF possui alas distintas e que a alocação das internas considera vulnerabilidades, riscos e a necessidade de preservação da integridade física e moral.
O documento anexou fotos da unidade prisional para detalhar as condições às autoridades italianas.
Carla Zambelli renuncia ao cargo de deputada federal
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entregou à Câmara dos Deputados uma carta renunciando ao cargo neste domingo (14). A informação foi divulgada pela assessoria da presidência da Casa.
“A Câmara dos Deputados informa que a Deputada Carla Zambelli (PL/SP) comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia ao mandato parlamentar na data de hoje”, afirma o texto.
Com a renúncia de Zambelli ao cargo, quem assume agora será o suplente do Partido Liberal de São Paulo que recebeu mais votos, Adilson Barroso.
Em sua carta de renúncia, Zambelli afirmou que ter sido perseguida e que sua “história pública não foi forjada”.