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Telescópio Hubble divulga foto da Pequena Nebulosa do Haltere e comemora seus 34 anos

Telescópio Hubble divulga foto da Pequena Nebulosa do Haltere
Foto: Divulgação

O Telescópio Hubble, um dos mais icônicos observatórios da humanidade, celebrou recentemente seu 34º aniversário. Lançado em 24 de abril de 1990, o Hubble revolucionou nossa compreensão do cosmos, fornecendo imagens sem precedentes e dados cruciais para a astronomia e astrofísica.

Ao longo de mais de três décadas, o Hubble permitiu a observação de estruturas cósmicas até então desconhecidas, mantendo-se operacional e registrando fenômenos espaciais essenciais para o modelo cosmológico atual. O telescópio orbita a aproximadamente 600 quilômetros da Terra e passou por quatro manutenções significativas, que possibilitaram atualizações tecnológicas e a captura cada vez mais refinada de informações sobre o universo.

Para marcar este aniversário, astrônomos utilizaram o Hubble para capturar uma imagem espetacular da Pequena Nebulosa do Haltere. Localizada a cerca de 3.400 anos-luz de distância, essa nebulosa planetária é famosa por seus gases coloridos e brilhantes, que são ejetados de uma estrela à beira da morte. A nebulosa recebe esse nome devido ao seu formato, que se assemelha a um haltere, e sua coloração é resultado da emissão de gases como nitrogênio e oxigênio.

Características:

  • Tamanho: Aproximadamente 1 ano-luz de diâmetro.
  • Brilho: Magnitude aparente de 10,1, tornando-a visível apenas com telescópios amadores ou profissionais.
  • Forma: Apresenta uma estrutura bipolar simétrica, com dois lóbulos arredondados e um halo tênue que se estende por mais de 15 minutos de arco, metade do diâmetro aparente da Lua Cheia.
  • Cores: Predominam tons de azul e verde, resultado da emissão de luz por gases como hidrogênio e oxigênio ionizados pela radiação ultravioleta da estrela central moribunda.

A imagem divulgada mostra a nebulosa em detalhes impressionantes, revelando um anel e dois lóbulos de gás quente que se expandem pelo espaço. Essas estruturas são impulsionadas pelo fluxo de material da estrela finalizando seu ciclo, movendo-se pelo espaço a velocidades impressionantes.

O Hubble, mesmo após 34 anos, continua a ser um instrumento vital para a ciência, com planos de permanecer em ação até o final da década, no mínimo. Ele agora conta com o apoio do Telescópio Espacial James Webb, lançado em 2021, que foi projetado para complementar e não substituir o Hubble. Juntos, eles prometem revelar ainda mais sobre os mistérios do universo, desde discos protoestelares até a composição de exoplanetas e supernovas incomuns.

Este aniversário não é apenas um marco na história da astrofísica, mas também um testemunho do espírito humano de exploração e descoberta. As contribuições do Hubble continuarão a inspirar gerações futuras de cientistas, astrônomos e entusiastas do espaço em todo o mundo.

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