
*matéria atualizada às 18h37
Foi protocolado nesta sexta-feira (25) um pedido de exoneração do Secretário de Segurança Pública e Proteção Social e o afastamento da servidora Lucélia do Amaral Gomes da função de secretária do Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência – (CMDPCD). A iniciativa partiu do vereador Alexandre Bortoluz (PP), que presenciou o comportamento que motivou a ação.
Segundo ele, a servidora Lucélia do Amaral Gomes, que atua enquanto secretária do Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPCD), expulsou da Câmara de Vereadores uma família com filhos autistas e que desejavam divulgar um livro que publicaram sobre o autismo, sobre o pretexto que os mesmos não poderiam estar no evento e, muito menos, divulgar o livro.
O “maltrato” ocorreu, inclusive, enquanto ocorria o evento “Il Seminário Municipal Sobre Autismo: Inserção da Pessoa Autista no Mundo do Trabalho”, promovido pelo Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPCD).
O parlamentar ainda reproduz que “a Sra. Lucélia, inclusive, ressaltou ‘o evento é da prefeitura e vocês não tinham nada que procurar os vereadores’”.
Bortoluz, que alega indignação, manifesta que é inadmissível que algo do tipo tenha ocorrido e que demonstra completo despreparo, desrespeito e falta de comunicação, já que o evento é público e estava sendo promovido na Câmara, a Casa do Povo, que visa a inclusão e participação da comunidade.
Ele ainda pontua que a situação se passa na “exata seara em que se encontra o seu superior, o Sr. Secretário Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), Delegado Paulo Roberto Rosa da Silva”, que, segundo o político, já possui um histórico de ações que mostra o quanto o mesmo não está à altura do cargo, e questões relacionadas ao Fundo Municipal de Segurança Pública como exemplo.
Pedido de Exoneração e Afastamento
Assim, espera que seja feita a abertura de procedimento administrativo para apurar a conduta da servidora Lucélia do Amaral Gomes, bem como seu afastamento imediato da função de secretária do Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência, além do consequente desligamento do Secretário Paulo Roberto Rosa da pasta.
Além de Bortoluz, os vereadores Calebe Garbin (Progressistas), Hiago Morandi (PL), Juliano Valim (PSD), Andressa Mallmann (PDT) e Daiane Mello (PL) registram desde já que, se o presente requerimento não for atendido, tomarão as pertinentes medidas que lhes competem a função de Vereador, bem como buscarão as devidas medidas judiciais.
A reportagem entrou em contato com a servidora Lucélia, que disse “desconhecer o fato” e que precisará se inteirar para se posicionar, o que deverá ocorrer somente na segunda-feira (28), em seu horário de trabalho. Já o secretário Paulo Roberto Rosa da Silva não retornou a tentativa de contato até o fechamento desta matéria.
Posterior a publicação da notícia, a bancada do PCdoB na Câmara informou ter protocolado requerimento de esclarecimento à servidora acusada e que esta alega ter chegado depois do conflito ter iniciado. Também alegou a não autorização de comércio durante o evento e que convidou a família a permanecer no evento “tendo fala conciliadora na integralidade do tempo”. E que “Por fim, esclarece que o nome da servidora vinculado no Ofício Nº 23, do qual o presente é adjunto, encontra-se em desconformidade com a suposta realidade fática, visto que a impossibilidade de determinação de suspensão das atividades de venda restou promovida por terceira, de qual essa bancada desconhece o nome.” conforme documento.
Neta sexta-feira (02), o Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência – (CMDPCD) emitiu nota em defesa da servidora acusada pelo vereador Alexandre Bortoluz (PP), elucidando pontos abordados pelo vereador na matéria acima. O conteúdo, assim como a nota na íntegra, pode ser conferido em nova matéria produzida aqui.