A vida da capivara, o maior e mais simpático roedor do mundo

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Foto: Freepik

A capivara é um animal silvestre simpático e bem conhecido, principalmente no Brasil. Este mamífero, que é o maior roedor do mundo, vive em áreas próximas a rios, lagos e pântanos, e desempenha um papel crucial nos ecossistemas onde habita. Além de sua aparência única e comportamento social fascinante, a capivara tem um ciclo de vida interessante e uma função vital no equilíbrio dos ambientes aquáticos e terrestres.

A vida de uma Capivara

As capivaras possuem um ciclo de vida que está intrinsecamente ligado ao ambiente aquático. Elas têm uma expectativa de vida média de 6 a 12 anos na natureza. As fêmeas alcançam a maturidade sexual por volta dos 15 a 22 meses de idade, enquanto os machos geralmente demoram um pouco mais, amadurecendo entre 18 a 24 meses.

Esses animais são gregários, vivendo em grupos que variam entre 10 e 30 indivíduos, liderados geralmente por um macho dominante. Os grupos são organizados e colaboram na defesa contra predadores e na busca por alimento.

A reprodução das capivaras ocorre durante o ano todo, mas é mais intensa nas estações chuvosas, quando há abundância de alimentos. Após um período de gestação de aproximadamente 150 dias, a fêmea dá à luz entre 2 e 8 filhotes. Os filhotes nascem bem desenvolvidos, já com pelos e capacidade de caminhar, sendo também capazes de nadar logo após o nascimento. Eles são amamentados durante cerca de 3 a 4 meses, mas começam a consumir vegetação ainda jovens.

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A capivara tem hábitos diurnos e noturnos, embora, em áreas com maior presença humana, possa se tornar mais ativa à noite. Sua dieta é basicamente herbívora, alimentando-se de capim, plantas aquáticas e algumas frutas. Sua preferência por ambientes aquáticos está ligada tanto à necessidade de se proteger de predadores quanto à alimentação, pois grande parte de sua dieta vem de plantas que crescem à beira d’água.

Importância para o ecossistema

As capivaras desempenham um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas onde vivem. Como herbívoras, elas ajudam no controle da vegetação, especialmente em áreas alagadas e margens de rios, evitando o crescimento excessivo de certas plantas aquáticas que poderiam sufocar a biodiversidade do ambiente. Este controle natural da vegetação é essencial para manter o fluxo de água e a oxigenação nos corpos d’água, beneficiando tanto a fauna aquática quanto as plantas e outros animais terrestres.

Além disso, por serem presas de diversos predadores, como onças, jacarés e grandes aves de rapina, as capivaras são uma peça importante na cadeia alimentar, ajudando a sustentar populações de carnívoros. Sua presença indica um ambiente saudável e equilibrado, pois sua sobrevivência depende de condições favoráveis em termos de água, alimento e baixa degradação ambiental.

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Outro fator relevante é que a capivara contribui para a dispersão de sementes. Ao se alimentar de frutos e outras plantas, as sementes passam pelo trato digestivo e são espalhadas em novas áreas, facilitando a regeneração de certas espécies vegetais, especialmente em ambientes ribeirinhos.

As capivaras são muito mais do que apenas o maior roedor do mundo. Elas são uma peça vital para os ecossistemas onde vivem, ajudando a manter o equilíbrio ecológico, controlando a vegetação, dispersando sementes e servindo como presas para predadores. Além disso, são animais sociais e altamente adaptáveis, capazes de conviver com humanos, embora necessitem de cuidado para evitar conflitos. Sua importância ecológica ressalta a necessidade de conservar seus habitats e garantir que continuem a desempenhar seu papel crucial na natureza.

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