OPERAÇÃO CELENO

Polícia Federal investiga desvio de animais do Ibama no RS

Associação criminosa oferecia animais para criadores comerciais em troca de pagamento. Além disso, fraudava o sistema de dados do Instituto

Polícia Federal investiga desvio de animais do Ibama no RS Polícia Federal investiga desvio de animais do Ibama no RS Polícia Federal investiga desvio de animais do Ibama no RS Polícia Federal investiga desvio de animais do Ibama no RS
Operação visa desarticular grupo criminoso que vendia animais sob custódia do Ibama | Foto: Divulgação/PF
Operação visa desarticular grupo criminoso que vendia animais sob custódia do Ibama | Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (10), a Operação Celeno. A finalidade é desarticular uma associação criminosa responsável pelo desvio de animais do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além disso, pela inserção de informações falsas em sistemas de controle do Instituto.

Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Arroio do Meio. Além disso, dois mandados de afastamento de cargo público. As medidas foram expedidas pela 7ª Vara da Justiça Federal. Participaram das buscas, agentes do Ibama e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) de Brasília/DF.

Investigação

As investigações apontam que dois servidores do Ibama, em parceria com um particular, ofereciam animais desviados do Cetas para interessados em se tornar criadores comerciais, sob a alegação de se tratar de reabilitação. O esquema envolvia desvio de animais para fins ilícitos, fraudes em sistemas de controle de criadores comerciais, incluindo a emissão irregular de autorizações e alterações fraudulentas no plantel dos criadouros.

Em troca, os envolvidos recebiam pagamento. Para dar suporte à fraude, dados falsos eram inseridos no sistema SISFauna, permitindo a homologação dos empreendimentos sem vistoria ou análise documental.

Desde a Lei Complementar 140/2011, a autorização para empreendimentos de fauna silvestre passou aos Estados. No Rio Grande do Sul, a competência é da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).

Os crimes apurados pela Polícia Federal nesta etapa da investigação correspondem a associação criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistemas. Os envolvidos ainda podem ser enquadrados em outros crimes, dependendo do curso da investigação.