Dois ex-funcionários do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) foram condenados a 4 anos e 6 meses de reclusão em regime semiaberto, pelo crime de receptação qualificada de medicamentos roubados. Os remédios são utilizados no tratamento contra o câncer.
A decisão, publicada nesta semana, refere-se a um processo que tramitava desde 2019. Ambos os condenados poderão recorrer da sentença em liberdade. Um terceiro, ex-dirigente da instituição, que também respondia ao processo, foi absolvido por insuficiência de provas.
O caso tem ligação com outubro de 2019, quando uma carga de remédios para tratamento de câncer foi roubada em Minas Gerais. Os produtos foram posteriormente enviados para uma distribuidora não credenciada no Rio de Janeiro, de onde o hospital de Ijuí adquiriu os lotes por aproximadamente R$ 600 mil.
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A polícia conseguiu comprovar a origem ilícita dos medicamentos através de um selo holográfico presente em cada caixa. Na época da investigação, os funcionários suspeitos chegaram a ser presos preventivamente, mas foram liberados em seguida. O HCI informou, na época, que foi surpreendido pelo fato e afastou os envolvidos.
Na sentença, a Justiça destacou que os ex-funcionários foram alertados sobre a possível origem ilegal dos medicamentos, e mesmo assim autorizaram a compra. A decisão ressaltou que os remédios eram destinados a pacientes em situação de vulnerabilidade, e que o episódio causou atrasos em tratamentos. A defesa dos condenados afirmou que pretende recorrer.
