A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira (27) o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ter acesso ao acordo de leniência da Odebrecht, que foi usado como elemento de prova na ação penal. O recurso também solicita a suspensão do processo referente ao terreno para construção da nova sede do Instituto Lula.
O pedido de Lula é referente a ação penal em que é acusado de ter recebido propina no valor de R$ 12,5 milhões da Odebrecht, em forma de imóveis. A ação é decorrente da Operação Lava Jato.
No entanto, o recurso não tem potencial de garantir liberdade ao petista, já que visa apenas suspender a tramitação do último processo referente a Lula que aguarda sentença em Curitiba.
Os advogados de defesa do ex-presidente argumentam que, em três decisões do então juiz federal Sergio Moro, o acesso às provas que embasam a acusação foi negado. A defesa já havia solicitado acesso ao conteúdo dos sistemas Drousys e MyWebDay, usados pela empreiteira para comunicação e organização de pagamento de propinas. Ao submeter o material à análise, foram detectados indícios de manipulação dos dados.