Litoral Gaúcho

Reconstrução da ponte pênsil entre Torres/RS e Passo de Torres/SC tem prazo de entrega adiado para o final de 2024

O principal motivo do atraso foi uma fissura identificada entre as escadas de acesso e a plataforma de entrada, ambas construídas em concreto

Reconstrução da ponte pênsil entre Torres/RS e Passo de Torres/SC tem prazo de entrega adiado para o final de 2024
A ponte pênsil está localizada sobre o Rio Mampituba, na divisa entre RS e SC. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Torres)


O prazo de entrega da reconstrução da ponte pênsil na divisa entre Torres/RS e Passo de Torres/SC foi adiado em oito meses. Programada para ser concluída neste sábado (6), a obra agora tem previsão de término para o dia 31 de dezembro deste ano. O principal motivo do atraso é uma fissura identificada entre as escadas de acesso e a plataforma de entrada, ambas construídas em concreto.

O adiamento foi formalizado em um termo aditivo publicado pela prefeitura de Passo de Torres em conjunto com a empresa responsável pela obra, após um acordo na segunda-feira (1°). O prazo original de conclusão da obra era dezembro de 2023, posteriormente adiado para abril deste ano e agora novamente postergado para o final de 2024.

Iniciada em outubro do ano passado, a reconstrução da ponte teve um investimento inicial de pouco mais de R$ 700 mil, fruto de uma parceria entre a prefeitura de Passo de Torres e o governo do estado de Santa Catarina.

A queda

Em fevereiro de 2023, durante o Carnaval, os cabos que sustentavam a ponte pênsil cederam, causando a queda da estrutura com dezenas de pessoas, que foram derrubadas nas águas do Rio Mampituba. A maioria delas teve ferimentos leves, mas o jovem Brian Grandi, de 20 anos, natural de Caxias do Sul, perdeu a vida no incidente.

Vídeo: pessoas ficam feridas após ponte pênsil cair entre Torres e Passo de Torres

 

Problemas na reconstrução

Conforme o engenheiro responsável pela obra, Douglas Pelegrini, a fissura entre as escadas de acesso e a plataforma de entrada foi causada pela presença de uma junta de dilatação entre as duas estruturas, construídas separadamente. Ele assegura que apenas o revestimento foi afetado e que será restaurado nos próximos dias.

Outro problema enfrentado durante a fase atual da obra é o fato de que os cabos que sustentam a ponte ainda não foram completamente esticados, o que resulta em uma altura menor da estrutura e tem causado o contato de embarcações com a ponte. Porém, a Prefeitura de Passo de Torres garante que todos os defeitos serão reparados antes da liberação da ponte para uso público, após um rigoroso processo de inspeção.