O PSD expulsou do seu quadro de filiados o empresário Roberto Mantovani Filho, investigado por supostas agressões contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o seu filho no aeroporto de Roma, na Itália.
A expulsão foi registrada no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na sexta-feira (21) e confirmada pelo partido à imprensa neste fim de semana.
Logo que o episódio veio a público, assim como a informação de que Mantovani era filiado ao PSD, a sigla anunciou que tomaria medidas disciplinares contra o empresário, diante da gravidade do caso.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, é quem tem a prerrogativa de decidir a expulsão de filiados em casos de infração disciplinar. Mantovani havia se filiado à legenda em 14 de março de 2016. Antes, fez parte do PL, partido pelo qual foi candidato a prefeito de Santa Bárbara d’Oeste (SP).
“Surpreendem atitudes precipitadas como essa, em que um homem com passado ilibado, com uma admirável história de vida, é ‘julgado’ por ato que nem mesmo foi apurado nas instâncias próprias. O tempo evidenciará o desacerto e a injustiça cometida com essa esdrúxula e equivocada decisão do PSD”, afirmou o advogado Ralph Tórtima Filho, que defende Mantovani e seus familiares.
Tórtima informou que pediu acesso às imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Roma. “Já solicitamos acesso às imagens nos autos que tramitam no STF. Aguardamos uma decisão nesse sentido. É muito importante que haja respeito à chamada ‘paridade de armas’, permitindo que a defesa também receba, com agilidade, cópia das imagens fornecidas pela Itália”, afirmou o advogado.
Fonte: O Sul