A proibição do uso de celulares em sala de aula tornou-se tema de intensos debates nos últimos dias, ganhando destaque com a iniciativa do deputado Gustavo Victorino (Republicanos), que protocolou o projeto de lei nº17 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O objetivo da proposta é vedar o ingresso e uso de telefones celulares nas salas de aula das escolas estaduais, visando aprimorar o processo educativo e proporcionar um ambiente propício ao aprendizado e desenvolvimento dos estudantes.
O deputado fundamenta seu projeto na ampliação global das restrições ao uso de celulares nas escolas, respaldado por estudos que comprovam as graves consequências no aprendizado e na saúde mental de crianças e adolescentes.
Ele destaca a necessidade de cooperação e comprometimento de toda a comunidade educativa para que o Rio Grande do Sul possa liderar pelo exemplo, equilibrando inovações tecnológicas com as necessidades fundamentais do desenvolvimento humano e educacional.
Contudo, a discussão não se limita à esfera estadual. A Prefeitura de Caxias do Sul, embora já respaldada pela Lei 12.884/2008 do estado, que proíbe a utilização de celulares em salas de aula, defende uma abordagem mais abrangente, reconhecendo o celular como uma ferramenta pedagógica.
Vagner Peruzzo, diretor pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, destaca a importância da supervisão e potencialização do olhar educativo diante de desafios como distração, impacto no desempenho acadêmico, cyberbullying e problemas de segurança online.
“Eu tenho a impressão que o grande objetivo desse debate, aliás que esse movimento de proibição traz, é encontrar um equilíbrio entre aproveitar os benefícios dessa tecnologia e minimizar os seus potenciais efeitos negativos na escola, na aprendizagem, no desenvolvimento dos estudantes”, detalha o diretor.
A ênfase do município recai sobre a busca por um equilíbrio entre tecnologia na aprendizagem. O debate proposto pela prefeitura visa envolver pais, mães e responsáveis na conscientização, promovendo discussões entre docentes, a comunidade acadêmica e os estudantes sobre o tema. Criando assim um esforço conjunto para corresponsabilizar todos os segmentos da comunidade escolar e iniciar um processo de escuta para definir abordagens adequadas em relação ao uso de celulares e tecnologias dentro das escolas.