Polícia

Homem executado em empresa de Vacaria era um dos líderes do tráfico na Serra Gaúcha

Um dos suspeitos de ter matado Jeferson foi preso pelo Batalhão de Choque, em Bom Princípio

Homem executado em empresa de Vacaria era um dos líderes do tráfico na Serra Gaúcha

O homem que foi morto a tiros na manhã desta segunda-feira (26) em uma empresa de Vacaria é um dos principais lideres do tráfico de drogas da Serra Gaúcha, na comercialização de crack. Jeferson Neves Montanari , também conhecido como Fera,  já tinha sido preso como responsável de liderar a quadrilha, juntamente com outras 15 pessoas, na Operação Castelo de Areia, deflagrada no dia 11 de dezembro de 2015 pela Polícia Civil.

Jeferson, morto com pelo menos 10 disparos de arma de fogo, tem uma vasta ficha de antecedentes criminais por tráfico de entorpecente 6(x), porte ilegal de arma de fogo 4(x), roubo de veículo e roubo estabelecimento comercial, lavagem de dinheiro, furto qualificado e receptação. Ainda na manhã desta segunda-feira, o Batalhão de Choque prendeu um dos suspeitos de ter cometido o crime, em Bom Princípio.

Sobre o homicídio

A Polícia Civil registrou um homicídio na manhã desta segunda-feira (26), por volta de 9h, em uma empresa localizada às margens da BR-116, em Vacaria. Na ocasião, o empresário Jeferson Neves Montanari, de 40 anos,  foi morto a tiros dentro de sua empresa, a Suterra Transportes. A polícia informou que a vítima levou cerca de 13 a 15 disparos de arma de fogo.

Segundo o delegado, os suspeitos do crime, possivelmente não residem em Vacaria. A investigação ouviu os funcionários da empresa e a Polícia Rodoviária Federal também esteve no local para auxiliar nas buscas.

Jeferson, também conhecido como Fera, é natural de Caxias do Sul. Conforme a polícia, o criminoso ainda não identificado. O local já está isolado aguardando a chegada da perícia criminal do IGP, de Caxias do Sul, para coleta dos vestígios.

Há informações preliminares que dão conta do envolvimento de facções criminosas do centro do Estado no delito. Polícia Civil, Brigada Militar, PRF e Guarda Municipal trabalham em conjunto para coletar provas em busca da autoria do crime.

Operação Castelo de Areia

A quadrilha, desarticulada no dia 11 de dezembro de 2015, era a maior de Caxias do Sul na comercialização de crack. Conforme as investigações da Operação Castelo de Areia, que recebeu esse nome porque a expressão era usada pela esposa de Jeferson durante brigas em tom de ameaça, a droga vinha de São Leopoldo e era distribuída para Caxias, São Marcos e Vacaria.  No dia 10 de novembro, o mineiro Eduardo Henrique, de 28 anos, foi flagrado na BR-116 com 5,5 kg de crack, escondidos no encosto do banco de uma Parati placas AAV-8112. Conforme o delegado, à época essa apreensão revelou que aquela era a carga semanal trazida do Vale dos Sinos.

Conforme os delegados Paulo Roberto Rosa e Marcelo Grolli, responsáveis pelas investigações na época, a quadrilha movimentou cerca de R$ 3 milhões durante os últimos cinco anos. Como o primeiro inquérito policial foi concluído com a prisão dos envolvidos, a polícia instaurou um segundo inquérito com o objetivo de descapitalizar a quadrilha, retirando os bens adquiridos com o dinheiro ilícito.