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Estados Unidos executam prisioneiro por asfixia com nitrogênio pela primeira vez

Kenneth Smith estava no corredor da morte por homicídio cometido em 1988

Estados Unidos executam prisioneiro por asfixia com nitrogênio pela primeira vez
Foto: Divulgação/Alabama Department of Correction

O Alabama, nos Estados Unidos, executou pela primeira vez na história um prisioneiro por asfixia com nitrogênio. Condenado a morte por assassinar uma mulher, Kenneth Smith, 58 anos, foi executado nesta quinta-feira (25).

Agentes penitenciários colocaram uma máscara no rosto de Smith para que ele inalasse nitrogênio, o que resultou em morte por falta de oxigênio. O prisioneiro tentou resistir, prendendo a respiração o máximo que pôde, mas ficou inconsciente e morreu minutos depois. O método é autorizado no Alabama desde 2018, mas nunca tinha sido usado.

Kenneth Smith foi condenado em 1989 pelo assassinato da esposa de um pastor, que foi esfaqueada e espancada em um crime encomendado pelo valor de US$ 1 mil. Ele é um dos únicos detentos dos EUA a ser levado mais de uma vez para a pena de morte.

Em novembro de 2022, a execução de Smith por injeção letal acabou sendo cancelada depois que os funcionários da prisão não conseguiram colocar uma linha intravenosa nas veias dele.

O Escritório do Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos (OHCHR, na sigla em inglês) expressou que estava “alarmado” com o procedimento utilizando, um método “incipiente e não comprovado”.

“Isto poderia constituir tortura e outros tratamentos cruéis ou degradantes, segundo o direito internacional”, alertou a porta-voz Ravina Shamdasani.

*Fonte: Correio Braziliense