Nesta quinta-feira, dia 12 de novembro, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Pneumonia. A data foi proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção da doença, que segue sendo a principal causa de morte em crianças de até 5 anos de idade.
A pneumonia é a infecção que mais mata no mundo. A cada minuto, duas crianças morrem por causa da doença, o que representa 16% das mortes infantis em todo o mundo e 80% dos óbitos abaixo dos dois anos de idade.
Segundo o pneumologista Dr. Paulo Buneder, antes de trabalharmos na prevenção da pneumonia, devemos entender que existem dois tipo de pneumonias: a causada por bactérias e a causada por vírus.
“Por exemplo, durante o ano de 2020 nós estamos muito preocupados com as pneumonias virais, no caso especificamente aquela ocasionada pelo vírus Covid-19”, comenta. “Para esse tipo de pneumonia, que é viral, ainda não temos como nos prevenir”.
Agora, as pneumonias bacterianas, aquelas que estamos acostumados a enfrentar todos os anos no inverno, podem ser prevenidas por meio da vacinação. “Outra forma de prevenir a pneumonia é, para crianças, o aleitamento materno. O aleitamento materno é o que tem de melhor para proteção. Também, se a criança tem alguma doença alérgica, como rinite ou asma brônquica, essa criança deve ser muito bem cuidada e ter as doenças controladas, para evitar viroses que podem comprometer os pulmões”, conta o especialista. “Já para os adultos, é recomendado manter uma alimentação adequada e cuidados gerais com o frio e a umidade”.
Como citado anteriormente, a vacinação é uma das principais formas de prevenção em casos de pneumonias bacterianas. Ela pode prevenir a pneumonia em crianças, idosos ou doentes crônicos. A vacina contra a gripe também pode ajudar a prevenir a pneumonia, uma vez que esta infeção acontece muitas vezes como complicação da gripe.
No caso da vacina anti-pneumocócica, opção de prevenção para pneumonias causadas pela bactéria denominada pneumococo, o uso do medicamento deve sempre ser prescrito por um médico.
“A vacina não precisa ser feita por todo mundo, ela deve ser uma recomendação do pediatra ou pneumologista da criança ou do adulto. A gente tem que ver o histórico de cada pessoa e ver se realmente esse paciente vai se beneficiar com a vacina”, explica Buneder.
Outro fator prejudicial a saúde que aumenta os riscos da doença é o tabagismo. Para se defender do cigarro, o pulmão produz muito muco, o que exige toda sua capacidade imunológica. As secreções, então, viram um prato cheio para bactérias, como a Streptococcus pneumoniae, principal causadora da pneumonia.
A pneumonia tem tratamento, então se você apresentar os sintomas, que são principalmente tosse com catarro, febre, calafrios e dificuldade respiratória, procure um especialista.