Bento Gonçalves

Acusada do assassinato de mulher grávida e nascituro é condenada a mais de 40 anos de prisão, em Bento Gonçalves

A gestante foi morta a tiros em um ataque ordenado por Daniela, com a participação de dois indivíduos, um deles menor de idade

Acusada do assassinato de mulher grávida e nascituro é condenada a mais de 40 anos de prisão, em Bento Gonçalves
Imagem Ilustrativa

O Tribunal do Júri da Comarca de Bento Gonçalves condenou nessa segunda-feira (20) a ré acusada das mortes de uma mulher grávida e do filho que ela carregava no ventre, de sete meses de gestação. A sessão de julgamento ocorreu no Foro local, presidida pela Juíza de Direito Fernanda Ghiringhelli de Azevedo.

Após considerar o veredito dos jurados, composto por cinco mulheres e dois homens, a magistrada aplicou a Daniela Dias Rodrigues uma pena de 43 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado. Esta punição refere-se aos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima, em duas ocasiões, além do crime de corrupção de menores. Em vista da sentença ultrapassar os 15 anos, a prisão provisória da acusada, de 42 anos, foi decretada.

Durante o julgamento, uma testemunha prestou depoimento, assim como a própria ré, em interrogatório. Representando o Ministério Público, atuou o Promotor de Justiça Luis Carlos Prá. Já pela defesa, estiveram presentes os Advogados Claudio da Silva Teixeira e Miguel Gustavo Alves da Paz.

A denúncia do Ministério Público destaca que a gestante veio a óbito devido aos ferimentos provocados por disparos de arma de fogo. Este ataque, ordenado por Daniela, contou com a participação de dois indivíduos, um deles menor de idade. A motivação alegada foi o ciúme decorrente do relacionamento mantido pela vítima com um ex-companheiro da ré. O feto, ainda não nascido, não resistiu e faleceu algumas horas após um parto de emergência.

De acordo com a acusação, os eventos ocorreram na residência da vítima, na cidade, em 21 de maio de 2019. A defesa da ré solicitou a absolvição, argumentando a negativa de autoria e a insuficiência de provas.