Comportamento

2023 foi o ano mais quente já registrado no planeta Terra

Dados são do relatório divulgado pelo observatório europeu Copernicus

2023 foi o ano mais quente já registrado no planeta Terra. (Foto: JCM Fernandes / Flickr)
2023 foi o ano mais quente já registrado no planeta Terra. (Foto: JCM Fernandes / Flickr)

Com temperaturas atingindo patamares sem precedentes, o ano de 2023 foi oficialmente confirmado como o ano mais quente já registrado no planeta Terra, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (9), pelo observatório europeu Copernicus.

O ano passado testemunhou temperaturas que ultrapassaram em 1°C as condições da era pré-industrial, marcando um aumento notável e estabelecendo um novo recorde nos últimos 100 mil anos, conforme apontado pelo relatório. Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, descreveu 2023 como um ano excepcional, destacando que não apenas foi o ano mais quente registrado, mas também foi o primeiro a registrar dias com temperaturas 1°C superiores à era pré-industrial. Ela afirmou que as temperaturas registradas em 2023 provavelmente foram as mais altas em pelo menos 100 mil anos.

O relatório revelou um aumento acentuado do aquecimento, com recordes diários e mensais sendo quebrados, levando as temperaturas a superar os níveis pré-industriais em mais de 2°C.

É importante destacar que o limite considerado seguro para as mudanças climáticas é de 1,5°C, estabelecido como o aumento máximo da média global de temperatura até o final do século para evitar as consequências da crise climática resultante das crescentes emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Este limiar é medido em relação aos níveis pré-industriais, quando as emissões começaram a impactar significativamente o clima global.

De acordo com os dados do Copernicus, a temperatura média global em 2023 foi de 14,98°C, superando em 0,17°C o valor mais alto registrado em 2016, anteriormente considerado o ano mais quente. O ano passado foi 0,60°C mais quente do que a média no período de 1991-2020 e 1,48°C acima do nível pré-industrial, referente ao período de 1850 a 1900.

O relatório destaca que o calor extraordinário observado é resultado das contínuas emissões de gases do efeito estufa, combinadas com o fenômeno El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.