Os três réus denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por assalto a agências bancárias em Ibiraiaras, na região Nordeste do Estado, em 2018, foram condenados pelo Tribunal do Júri de Lagoa Vermelha. O julgamento durou três dias e encerrou na madrugada deste sábado (07). Eles foram acusados de tentativas de homicídio contra policiais e latrocínio do gerente de um banco, entre outros crimes.
Os réus Rogério da Silva Barcelos e Anderson Maurício de Jesus Ávila, foram condenadas a 99 anos e quatro meses de prisão, cada um. Já Felipe Arnoldo de Oliveira, foi sentenciado a 65 anos e 15 dias de prisão. As três penas devem ser cumpridas em regime fechado. O trio está preso desde dezembro de 2018, quando ocorreram os assaltos.
Segundo o processo, eles realizaram assaltos simultâneos às agências do Banco do Brasil e Banrisul da cidade. Os fatos resultaram na morte de um dos gerentes do BB, um dos cinco reféns levados no porta-malas dos veículos dos assaltantes após a fuga. Durante os roubos, os acusados formaram um cordão humano com os clientes e funcionários dos bancos, com a intenção de evitar a atuação policial.
O júri começou na última quarta-feira (04) e foi presidido pelo juiz Fabiano Zolet Baú, que leu a sentença por volta das 02h10 deste sábado. Foram ouvidas em plenário 18 vítimas, mais cinco testemunhas e os três réus. Pelo Ministério Público atuou o promotor Henrique Rech Neto.
Além do crime de latrocínio contra o funcionário e dos delitos de roubo, eles responderam ao processo criminal por tentativas de homicídio, porte de armas e munições (de uso permitido, de uso restrito e com supressão de marca), posse de artefatos explosivos, receptação de veículos e de coletes balísticos, disparo de arma de fogo, dano e organização criminosa armada.
Crime
De acordo com a denúncia do MP, os réus planejaram, juntamente com outros indivíduos, divididos em grupos, os assaltos simultâneos às agências na região central de Ibiraiaras, ocorridos em 3 de dezembro de 2018. Antes dos roubos, tiveram acesso a armas de fogo e artefatos explosivos.
Rogério e Anderson estiveram nas agências, enquanto Felipe ficou encarregado de aguardar em ponto pré-estabelecido para o transporte do material roubado. Durante os assaltos, além de formarem o cordão humano, os homens agrediram um funcionário do Banco do Brasil e derramaram gasolina sobre ele, sob ameaça, para que abrisse o cofre do banco. Além disso, quebraram celulares e subtraíram bens de clientes.
Houve disparos de arma de fogo durante os assaltos e na fuga. Ao saírem dos locais, fugiram levando reféns, três gerentes de banco e dois clientes. No transporte dos objetos roubados, entraram em confronto com a polícia. Durante o confronto, parte dos envolvidos foi morta em uma mata, local para onde fugiram.