Por que o mel dura tanto tempo e o que fazer quando ele cristaliza

O Mel é um dos alimentos mais fascinantes e duradouros da natureza, conhecido por sua resistência ao tempo. O mel mais antigo já encontrado preservado foi descoberto em tumbas do Egito Antigo, especificamente na tumba do faraó Tutancâmon, que remonta a cerca de 3.300 anos atrás. Durante escavações arqueológicas no Vale dos Reis, os pesquisadores encontraram potes de mel ainda perfeitamente conservados, demonstrando a durabilidade impressionante desse alimento.

O mel no Egito não era usado apenas como alimento; ele também tinha um papel importante em rituais religiosos, como oferendas aos deuses, e na medicina. Além disso, acredita-se que fosse utilizado no processo de embalsamamento, ajudando a preservar corpos devido às suas propriedades antimicrobianas.

Por que o mel dura tanto tempo?

A longa durabilidade do mel está relacionada à sua composição única. Ele contém baixos níveis de água, alta acidez e enzimas especiais, como a glicose oxidase, que criam um ambiente hostil para a proliferação de bactérias e fungos. Essas características, combinadas com a presença de peróxido de hidrogênio, ajudam a preservar o alimento por décadas, ou até séculos, em condições adequadas de armazenamento.

Além disso, o processo de fabricação realizado pelas abelhas é essencial. Durante a produção, elas retiram a maior parte da umidade do néctar e adicionam enzimas que aumentam ainda mais a sua estabilidade. É por isso que até mesmo jarros de mel encontrados em tumbas egípcias permanecem comestíveis após milhares de anos.

O que fazer quando ele cristaliza?

A cristalização é um processo natural e não indica que o alimento estragou. Ela ocorre porque os açúcares presentes, como a glicose, tendem a formar cristais, especialmente quando o produto é armazenado em temperaturas mais baixas.