Adiló Didomenico busca autorização judicial para instalar sinaleiras na ERS-122, em Caxias do Sul

Não houve consenso entre a prefeitura de Caxias do Sul e a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) sobre a instalação de semáforos no acesso a Forqueta na ERS-122. Agora, o prefeito Adiló Didomenico diz que buscará na Justiça autorização para instalar os equipamentos. A decisão foi comunicada após a reunião do chefe do Executivo municipal com representantes da empresa responsável pela gestão da rodovia, na tarde desta sexta-feira (2).

O ponto é um dos mais perigosos acessos da cidade, tem sido tema de constantes reivindicações e voltou a mobilizar a prefeitura e moradores após a morte de um homem em um acidente de trânsito há pouco mais de uma semana.

O encontro desta sexta-feira também contou com a presença do procurador-geral do município, Adriano Tacca, do secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willenbring Junior, e de representantes da Polícia Rodoviária Estadual.

O objetivo era chegar a um acordo e definir uma solução imediata para a questão. A CSG, porém, não autorizou a instalação dos semáforos e notificou a Prefeitura de Caxias para a retirada da haste já instalada no local na quarta-feira (31). Antes da reunião, a CSG já vinha afirmando que a melhor alternativa para Forqueta é a construção de uma rótula alongada, que facilitaria o retorno pela rodovia e o ingresso em Forqueta. A empresa inclusive mencionou a possibilidade de antecipar a obra, que está prevista para 2026 dentro do plano de concessão de estradas.

Em resposta à negativa da CSG, o Prefeito Adiló determinou ao procurador-geral que ingresse na Justiça para viabilizar a colocação dos equipamentos e garantir a segurança de motoristas e pedestres na região o quanto antes.

No pós-reunião, o prefeito também citou a notificação que a prefeitura recebeu da CSG para apresentar estudos técnicos para embasar a necessidade de semáforos no acesso a Forqueta. Adiló diz que esse levantamento será realizado e encaminhado à empresa.

“Não tendo avançado no sentido da permissão de instalação do semáforo ali em Forqueta, determinei que a Procuradoria-Geral ingresse na Justiça buscando a autorização judicial para que seja permitido instalarmos o semáforo no local. Também solicitei à Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade que elabore estudos técnicos e protocole, junto à concessionária, de acordo com a notificação que recebemos”, frisou.

Procurada pela reportagem, a CSG se manifestou por meio da nota abaixo:

“A CSG está buscando uma medida de curto prazo para amenizar a situação do acesso ao bairro Forqueta e vai solicitar junto ao Poder Concedente a antecipação da rotatória alongada, que está prevista em contrato para 2026, visando a solução definitiva“, ressaltou a concessionária.

A origem do impasse

O conflito entre a prefeitura e a CSG coneçou a se desenhar na noite de sexta-feira, 26 de julho, após uma colisão envolvendo um Corsa Classic e um caminhão Ford no acesso a Forqueta. O acidente resultou na morte do motorista do carro, Marcos Roberto Lara Machado, 41 anos.