
A defesa da professora vítima do ataque ocorrido na EMEF João de Zorzi, em Caxias do Sul, se manifestou nesta quinta-feira (15), após a sentença que aplicou medida socioeducativa aos adolescentes envolvidos no caso. Embora o processo tramite sob sigilo, o posicionamento destaca que a resposta das instituições foi firme e respeitosa.
Ao comentar a decisão, a professora resumiu seu sentimento:
“Me sinto aliviada, mas não satisfeita.” Para ela, o episódio evidenciou falhas na segurança escolar e reforça a urgência de mudanças concretas.
O advogado da professora, Reginaldo Leonel Ferreira, destacou a condução técnica e equilibrada do processo pelo juízo da Infância e Juventude, Ministério Público e defesas.
“Outras responsabilidades ainda precisarão ser apuradas, e protocolos preventivos efetivamente implementados”, declarou.
Justiça determina internação de adolescentes que esfaquearam professora em Caxias do Sul
Os três adolescentes, dois meninos de 14 e 15 anos e uma menina de 13 anos, acusados de envolvimento no caso da professora esfaqueada em uma escola municipal de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, cumprirão medida socioeducativa de internação pela prática de ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio. Os fatos ocorreram no dia 1º de abril deste ano. A decisão desta quinta-feira (15) é do Juiz de Direito do Juizado da Infância e Juventude de Caxias do Sul, Sílvio Viezzer.
A internação terá duração máxima de três anos, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os dois meninos permanecerão no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Novo Hamburgo, em razão da falta de vagas na unidade de Caxias do Sul. A menina permanecerá no Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (CASEF), em Porto Alegre, única unidade feminina no Estado.
Conforme a decisão, foi acolhida a representação do Ministério Público na íntegra.