Bento Gonçalves

Ministério Público recorre de decisão que liberou homens presos com fuzil em Bento Gonçalves

Promotoria contesta soltura de dupla flagrada com armamento pesado no domingo (15)

Em 24 horas, Justiça libera criminosos presos com fuzil de guerra em Bento Gonçalves
Em 24 horas, Justiça libera criminosos presos com fuzil de guerra em Bento Gonçalves. Foto: Brigada Militar/Divulgação

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) recorreu nesta quarta-feira, 18 de setembro, de uma decisão judicial que, 24 horas após a prisão, concedeu liberdade provisória a dois homens detidos com um fuzil AK-47, uma espingarda e uma pistola em Bento Gonçalves. A decisão, proferida pela magistrada da comarca local no dia 16, foi baseada em relatos de supostas agressões por parte dos policiais durante a ação.

Os homens foram presos em flagrante pela Brigada Militar no domingo, 15 de setembro. Entretanto, a juíza não homologou a prisão em flagrante e determinou a liberdade provisória dos suspeitos, além de encaminhar o caso à Corregedoria da Brigada Militar para investigar as denúncias de abuso. Ambos os detidos possuem antecedentes criminais por receptação, tráfico de drogas, associação criminosa e roubo.

Recurso do MPRS

O promotor de Justiça João Fábio Munhoz Manzano, responsável pela Promotoria Criminal de Bento Gonçalves, foi o autor do recurso. Ele destaca que as supostas agressões dos policiais, mencionadas durante a audiência de custódia, devem ser investigadas separadamente pela Corregedoria, conforme previsto. No entanto, o promotor argumenta que essa situação não justifica a não homologação da prisão em flagrante e a liberação dos suspeitos.

“A gravidade do armamento apreendido com os presos, além das evidências apresentadas, indicam um elevado risco à ordem pública caso eles permaneçam em liberdade”, afirmou o promotor.

O MPRS já havia solicitado a prisão preventiva dos detidos, apontando a necessidade de garantir a segurança da sociedade diante da periculosidade dos envolvidos.