Caxias do Sul

Rompimento controlado em Galópolis é cancelado devido a complicações no solo

Expectativa da operação foi frustrada quando o solo não se comportou conforme o previsto durante a perfuração para a colocação dos explosivos

(Foto: Cristofer Giacomet)
(Foto: Cristofer Giacomet)

O planejado trabalho de rompimento controlado na parte superior de uma encosta em Galópolis, agendado para esta quarta-feira (08), foi cancelado. A expectativa da operação foi frustrada quando o solo não se comportou conforme o previsto durante a perfuração para a colocação dos explosivos, resultando na interrupção imediata da operação pelos técnicos responsáveis.

Em uma inspeção realizada nesta tarde, o geólogo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), Caio Torques, e o engenheiro da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SMOSP), Valter Guerra Jr, identificaram bolsões de ar no subsolo, comprometendo significativamente o processo de desmonte.

Iniciamos a perfuração do terreno e não tivemos êxito. O terreno não se comportou bem. Os furos começaram a se desagregar e nessa condição impossibilita o carregamento com explosivos“, explicou Valter.

Agora, os esforços serão redirecionados para uma intervenção com maquinário de terraplanagem, visando o retaludamento da encosta para garantir a estabilização do solo. Conforme destacado pelo engenheiro Valter, os trabalhos devem ser retomados assim que as condições climáticas permitirem, tendo em vista que novas chuvas estão previstas.

Vamos manter as casas evacuadas na parte de baixo da encosta por questões de segurança e assim que tiver tempo firme iniciamos os trabalhos de retaludamento e retirada do material que está em situação instável“, enfatizou.

A perfuração do solo estava sendo conduzida pela ANC Urbanizadora, uma das empresas colaboradoras que está apoiando o Município nas operações relacionadas ao evento climático.

(Foto: Cristofer Giacomet)

Monitoramento 24 horas

O monitoramento de pontos críticos é feito diariamente por geólogos e engenheiros de mina, conforme o governo municipal. Dentre as ações de resposta ao desastre estão a instalação de câmeras 24h na encosta interditada; abertura de vala para escoar a água, evitando que ela entre na fenda; esvaziamento dos açudes da encosta; e fechamento completo da rua onde há rachadura.

A expectativa é que os moradores das áreas de risco do bairro devam ficar em abrigos ou nas casas de familiares até 19 de maio. A prefeitura considera que o retorno depende das análises das condições do solo.

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