
O réu Ari Glock Júnior foi condenado a 42 anos e 10 meses de prisão por conta de uma tentativa de homicídio triplamente qualificada, ocorrida em 9 de agosto de 2021. A sentença foi proferida durante a madrugada desta quinta-feira (26), após Júri Popular no Fórum de Farroupilha.
Júnior, que já estava preso, retornou ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves onde cumprirá pena em regime fechado. A acusação partiu do Promotor de Justiça Ronaldo Lara Rezende, que atuou pelo Ministério Público (MP). O advogado de defesa foi Jader Marques e o juiz, Dr. Enzo Carlo di Gesu.
O Júri Popular
O Júri condenou o réu pelos crimes de tortura, uma tentativa de homicídio triplamente qualificada, sequestro, roubo e estupro.
O crime
Conforme o processo, o réu, proprietário de um haras na Linha Boêmios, interior de Farroupilha, suspeitava que um funcionário teria furtado dinheiro do local. Foi então que com ajuda de outra pessoa, ele sequestrou, agrediu e torturou a vítima. O funcionário, que na época tinha 39 anos, sofreu choques elétricos, coronhadas, teve um dedo baleado, dentes arrancados e foi jogado desacordado em via pública.
Um dia depois, ao receber alta hospitalar, o homem foi raptado, sendo levado a outro local e submetido a queimaduras com cigarro, ferimentos com agulhas aquecidas, mutilações e cortes de cabelo com máquina de tosquia. O indivíduo foi conduzido até uma pedreira e forçado a se atirar de um penhasco. Mesmo ferido, sobreviveu. Após o crime, os agressores ainda teriam invadido a casa da vítima para furtar objetos pessoais.