Caxias do Sul

Rede municipal de ensino de Caxias do Sul tem o maior Ideb do RS

A avaliação foi levemente menor que em 2021. Entretanto, uma média de 60% das escolas municipais com anos iniciais e finais do ensino fundamental foram avaliadas

Foto: Divulgação/Smed
Foto: Divulgação/Smed

O primeiro ciclo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 foi divulgado na última semana. O indicador foi criado em 2007, pelo Ministério da Educação (MEC), para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino.

O relatório demonstra que as escolas da Secretaria Municipal da Educação de Caxias do Sul (Smed) com anos iniciais e finais do ensino fundamental, obtiveram as maiores notas entre os cinco maiores municípios do Estado em população: 6,0 e 5,0, respectivamente.

O sistema municipal de ensino caxiense obteve a melhor avaliação se comparada a Porto Alegre, Canoas, Pelotas e Santa Maria. A capital, por exemplo, foi a cidade com menor nota entre as cinco. Recebeu nota 4,7 nos anos iniciais e 3,8 nos finais.

Anos iniciais

Na categoria anos iniciais, das 83 escolas, apenas 60 escolas realizaram a avaliação (75% do total). Os estudantes do 5º ano avaliados no ano passado são os frequentaram o 2º e 3º anos durante a pandemia da covid-19, e depois com o retorno presencial gradual (2020 e 2021). No último Ideb, em 2021, todas as escolas foram avaliadas e a nota foi 6,2.

“Destaca-se que esses anos representam o processo de consolidação das habilidades relativas à alfabetização. Ainda há de se considerar que não houve reprovação em 2020 e 2021. Logo, mesmo que o estudante não estivesse alfabetizado, ele avançou para o quarto ano. Esse dado é importante, pois o cálculo leva em consideração os aprovados e reprovados”, analisa a secretária da Educação, Flávia Vergani.

Anos finais

Em se tratando de anos finais, das 76 escolas que atendem os anos finais, somente 33 passaram pela avaliação (43%). Em 2021, quando o questionário foi aplicado em todas a nota foi 5,5.

Segundo a Smed, o Ideb 2023 novamente não demonstra a aprendizagem real dos estudantes. Isso porque representa um olhar parcial, uma vez que não foi possível avaliar a totalidade das escolas.

Fatores 

De acordo coma  avaliação dos gestores, as intercorrências relatadas e registradas pelos diretores das escolas, como desorganização no processo de aplicação das provas, por exemplo, são fatores que influenciaram na avaliação.

“Na minha escola teve vários contratempos como aplicador atrasado e reagendamendo de dia da aplicação devido falta do aplicador em cima da hora”, revela a diretora da EMEF Atiliano Pinguelo e presidente da comissão de diretores, Mariana Zanotti.

Uma outra explicação da Smed é o fato de os estudantes do 9º ano avaliados terem frequentado, em 2020 e 2021, o 6º e o 7º anos, respectivamente, em períodos em que não houve a possibilidade e/ou obrigatoriedade de frequência presencial à escola. Neste período alguns dos conceitos estruturantes da Matemática, por exemplo, que envolvem abstração complexa (especialmente álgebra e geometria), foram desenvolvidos sem a intervenção presencial do professor.

Ideb

O indicador é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho das provas aplicadas. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente.

As avaliações são a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de alcançar 6 pontos, ou seja, a média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.

Fonte: Ideb/MEC