A Polícia Civil prendeu cinco pessoas suspeitas de participarem de esquema de estelionato e associação criminosa em Caxias do Sul na manhã desta quinta-feira (21). A ofensiva integra a Operação Illusio V, deflagrada hoje com o cumprimento de 20 medidas cautelares contra investigados pela prática de golpe do “bilhete premiado”. Além do município da Serra, as ações ocorreram em Passo Fundo e Balneário Arroio do Silva (SC).
A operação é comandada pela 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas e 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM). Em Caxias, a Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) prestou apoio, atuando nas prisões nos bairros São Caetano e Esplanada. Ainda, outra pessoa foi detida na cidade do litoral catarinense, totalizando seis capturas.
De acordo com a delegada respónsável pelo caso, Luciane Bertoletti, as investigações tiveram início após um idoso ser vítima de estelionatários no ano passado, em Canoas. Dessa pessoa, os criminosos levaram R$ 35 mil. Outras duas foram alvo do golpe, sendo que uma delas perdeu R$ 40 mil.
Notícias Relacionadas
CRIME
Três crianças são feridas a tiros em Caxias do Sul
Crime ocorreu no bairro Forqueta, na tarde deste sábado (18). Segundo testemunhas, homem passou de carro atirando contra um grupo de pessoas
MÓDULO AET
Novo sistema de autorização especial de trânsito do Daer começa nesta segunda (20)
A finalidade é agilizar a emissão dos documentos para o transporte de cargas com peso ou dimensões excedentes no Estado
“O golpe tem a figura de três criminosos, que agem de forma a ludibriar a vítima. O primeiro deles faz uma abordagem, dizendo que está procurando um endereço ou um ponto comercia para trocar um bilhete e o mostra para a vítima. Na sequência vem o segundo golpista, que é um sujeito mais desenvolto, que diz para a vítima que é possível que aquele bilhete que o primeiro golpista tem na mão seja premiado e que ele tem contato com o gerente de uma instituição financeira. Ele faz uma chamada de viva-voz e o terceiro golpista atende, dizendo que é gerente de banco da Caixa Econômica Federal, e afirmando que o bilhete é premiado. A partir de então começa todo o golpe, com movimentações financeiras na conta da vítima para esses criminosos”, explica Luciane.
A polícia revela que os suspeitos teriam pulverizado o dinheiro da vítima entre os integrantes da associação criminosa: a maior parte foi usada para compra de dólares em espécie e investimento em criptoativos.
