Comportamento

Novembro Laranja: campanha nacional de alerta ao zumbido nos ouvidos

Foto: Thiago Silva/divulgação
Foto: Thiago Silva/divulgação

Durante o mês de novembro é promovida a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, conhecida também como Novembro Laranja. Seu objetivo é apontar a importância de diagnóstico e tratamento precoce do zumbido no ouvido em todas as idades.

A fonoaudióloga Daniela Lazzarotto Capelini é especializada no assunto e conta um pouco mais sobre o zumbido nos ouvidos, as causas e os tratamentos. De acordo com ela, seguir corretamente o protocolo de avaliação e tratamento de zumbido é essencial. A especialista afirma que, no consultório, são realizados oito exames específicos que detectam tipo, frequência, intensidade, mascaramento, inibição do zumbido e que avaliam a integridade das estruturas auditivas, além de questionários para mensurar o sintoma e o incômodo que traz na vida do paciente, e que permitem chegar ao tratamento mais adequado a cada caso.

Além desses exames, o médico otorrinolaringologista atua na avaliação de possíveis causas, e encaminhamentos necessários principalmente quando as causas não são auditivas, como nos casos de desvio de ATM onde a indicação de um bucomaxilo é necessária.

“O tratamento do zumbido envolve aconselhamento e terapia sonora. Dependendo do caso, pode-se necessitar o uso de próteses auditivas, de geradores de som ou o uso dos dois recursos combinados, além do acompanhamento personalizado com o objetivo de fazer com que o paciente controle sua condição e alivie os sintomas a um ponto em que não o perturbe mais”, relata.

Atualmente, cerca de 40 milhões de brasileiros sofrem com zumbido, que é a percepção de um som nos ouvidos ou na cabeça sem que tenha sido gerado por uma fonte sonora. Ele pode estar associado a outros sintomas como tontura, intolerância a sons e, principalmente, perda da audição. Entre as diversas causas podem estar exposição excessiva a ruídos, uso de determinadas medicações, envelhecimento, alterações hormonais, odontológicas ou cardiovasculares, doenças neurológicas, distúrbios psiquiátricos ou psicológicos e até alterações musculares da região de cabeça e pescoço.

Manter essa condição sem tratamento é perigoso, pois interfere na qualidade de vida do paciente, alterando o sono e as atividades diárias, diminuindo a concentração e pode levar até à ansiedade e à depressão.

“A campanha do Novembro Laranja tem a intenção de chamar a atenção da população para esse problema que vem crescendo rapidamente e já começa a atingir faixas etárias cada vez mais baixas. Um diagnóstico preciso é essencial para a escolha do tratamento mais apropriado”, explica Daniela.