Com muitas histórias em sua bagagem, dona Albertina Alves de Albuquerque, que completa 114 anos no próximo dia 9 de novembro, recebeu o Título de Cidadã Caxiense. Ela é a mulher mais idosa de Caxias do Sul. As homenagens foram realizadas na tarde desta quarta-feira (01), na Câmara de Vereadores, onde foi recepcionada com muito carinho pelos parlamentares.
Já em frente ao prédio do legislativo caxiense, Albertina levantou as mãos para o céu, em um gesto de agradecimento. Recepcionada pelos vereadores, servidores da câmara, imprensa e equipes de segurança e saúde, também recebeu o carinho do ator Marcos Frota, que estava na Prefeitura divulgando o Circo Mirage. O encontro rendeu boas risadas dos dois e após, a idosa foi encaminhada ao plenário da Câmara, onde recebeu o Título de Cidadã Caxiense.
O proponente da homenagem, vereador Alexandre Bortoluz (PP), relata que o momento foi bastante especial para ele, devido à ligação que dona Albertina possui com os seus familiares, da constituída hoje cidade de Jaquirana, quando pertencia à região de Bom Jesus, terra natal da idosa. “A cidadã caxiense agora com mais idade em nosso município! E no estado do Rio Grande do Sul tenho também a certeza, se não a mais, está entre as três mais. Tivemos essa aproximação, conhecemos ela em 2021 através de uma outra pessoa que, a Tite, nos auxiliou, conversamos com ela, descobrimos que elas tinham envolvimento com os meus parentes lá em Jaquirana, que hoje é Jaquirana, mas era distrito de Bom Jesus, na comunidade do Retiro. Não é o vereador Bortola, é o amigo do Retiro dela, ela me tem como amigo do Retiro, e é assim que ficou. Para nós é uma grande satisfação, uma grande honra, um momento muito marcante dessa casa do Legislativo, então nada mais justo do que estarmos proporcionando esse momento para ela”.
Quem é Albertina Alves de Albuquerque
Em uma memória do aniversário do ano de 2021, dona Albertina contou à reportagem do Portal Leouve sua história de vida. Ela deu detalhes de sua infância e disse que desde muito cedo nunca teve medo do trabalho. Também lembrou de sua chegada a Serra Gaúcha, de quando tudo era mato e ela e o esposo da época, plantavam diversos legumes na horta de casa. Costureira na maior parte da vida, se dedica e ainda no auge de seus 113 anos, se dedica à criação de belas cobertas de retalhos.
Na prática, a senhora já passou pela Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, a Segunda Guerra Mundial de 1939 a 1945 e gripe espanhola, que durou de janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectando mais de 500 milhões de pessoas ao redor dos continentes e vitimando um terço da população mundial.
Fotos: Alice Corrêa/Grupo RSCOM