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MPF denuncia por latrocínio participantes do assalto a carro-forte no aeroporto de Caxias do Sul

Ao todo, 19 pessoas foram apontadas por envolvimento na ação, que pretendia roubar R$ 30 milhões na noite de 19 de junho. Houve troca de tiros, que deixou um PM e um criminoso mortos

MPF denuncia por latrocínio participantes do assalto a carro-forte no aeroporto de Caxias do Sul
Foto: Marcelo Oliveira/Grupo RSCOM

Nesta terça-feira (10), 19 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por participação no mega-assalto a um carro-forte no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. A ação, coordenada por uma facção paulista na noite de 19 de junho, resultou no roubo de R$ 14,6 milhões, e nas mortes do sargento da Brigada Militar Fabiano Oliveira, 47 anos, e de um dos criminosos.

Segundo o MPF, os apontados como envolvidos foram denunciados pelos crimes de latrocínio e pela formação de organização criminosa com uso de arma de fogo, entre outros crimes. Estão presos 13 dos denunciados — um deles está em prisão temporária e o restante em prisão preventiva.

A denúncia da procuradoria resulta da operação Elísios, liderada pela Polícia Federal. Atuaram no caso, pelo MPF, todos os procuradores da República que fazem parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no RS.

Latrocínio de R$ 30 milhões

A denúncia indica que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e de uma facção gaúcha se associaram para executar o maior assalto a carro-forte da história do Estado gaúcho. A carga contendo R$ 30 milhões era transportada por via aérea desde o Paraná.

O plano consistia em entrar no aeroporto com veículos disfarçados de viaturas da Polícia Federal, portando armas de fogo padrão militar, para forçar o rendimento da equipe de seguranças antes que os valores fossem transferidos ao carro-forte.

Entretanto, PMs e seguranças reagiram e houve troca de tiros, resultando na morte do sargento Oliveira e de um dos assaltantes. Outro segurança que protegia o desembarque do dinheiro também foi baleado na perna, mas sobreviveu.

O entendimento do MPF é que a denúncia por latrocínio se dá em decorrência da morte de Oliveira aliada ao risco concreto de morte causado a todos os demais 13 funcionários das empresas de segurança e oito PMs presentes na cena do crime, que não morreram por circunstâncias alheias à vontade dos denunciados.

Outros crimes atribuídos aos suspeitos são: posse de arma de fogo de uso restrito; explosão, expondo a risco a vida de outras pessoas; por uso de sinal público falsificado, ao adesivar veículos com símbolos da Polícia Federal; e por adulteração das placas de veículos. Um dos alvos também foi acusado por comunicação falsa de crime.

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