A Delegacia de Polícia Civil (DP) de São Francisco de Paula está investigando denúncia sobre suposta irregularidades na eutanásia e no sepultamento de cães no município. A denúncia afirma que a prefeitura teria enterrado os animais em uma área do Parque Municipal da Ronda.
Os agentes da DP se deslocaram até o endereço mencionado, onde tiveram a entrada permitida e realizaram buscas. Durante a operação, encontraram aproximadamente 10 sacos plásticos enterrados, que aparentemente continham ossos de animais. O responsável pelo local foi ouvido pelas autoridades e declarou que os animais eram recolhidos da rua e chegavam em condições precárias de saúde. Muitos não resistiam e acabavam morrendo.
Diante dos fatos, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial para investigar a situação. Estão sendo realizadas diligências e colhidos depoimentos para esclarecer o caso e se houve irregularidades no tratamento dos animais recolhidos.
Prefeito se manifesta
Em resposta às denúncias, o prefeito de São Francisco de Paula, Marcos Aguzzolli, emitiu uma nota oficial, negando as alegações de eutanásia irregular de animais. Segundo o prefeito, a denúncia não passa de uma “estratégia política desleal”, utilizando-se de “fake news” como ferramenta eleitoral.
Na nota, Aguzzolli destacou os investimentos da atual administração no bem-estar animal, citando a criação do Departamento de Proteção Animal e a aplicação de mais de R$ 800 mil em programas voltados para a saúde e cuidados de animais de rua e de tutores de baixa renda. Nos últimos dois anos, ele diz que foram destinados R$ 261 mil para atendimentos veterinários, com a realização de 1.436 castrações em 2023. O prefeito ainda ressaltou que, embora seis óbitos tenham sido registrados, esses números são muito inferiores aos 200 divulgados nas redes sociais, e todos os procedimentos foram realizados conforme a legislação.
“Não permitiremos que o debate político seja conduzido de maneira desonesta e enganosa. A verdade é a arma mais eficaz contra a mentira, e estamos do lado da verdade”, concluiu Aguzzolli.