Comportamento

Garibaldi projeta safra de 50 milhões de quilos de uva para 2023

A previsão é de que a qualidade da uva se manterá para essa colheita

(Foto: Cooperativa Vinicola Garibaldi/ Arquivo)
(Foto: Cooperativa Vinicola Garibaldi/ Arquivo)

Os produtores estão na reta final da safra da uva de 2023. Em Garibaldi, a previsão é de que neste ano a colheita siga os moldes positivos de 2022, com uma estimativa de aproximadamente 50 milhões de quilos de uva.

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Garibaldi, Boa Vista do Sul e Coronel Pilar  Luciano Rebellatto, que também atua como coordenador do Consevitis-RS, a projeção é positiva para todo o território Gaúcho, onde são esperados cerca de 680 milhões quilos de uva.

“Temos uma expectativa boa, a safra está se encaminhando dentro da normalidade. Os números da previsão para este ano estão muito próximo do ano passado. Estima-se algo muito próximo aos 680 milhões de quilos. Em Garibaldi, a projeção está entre 50 e 55 milhões de quilos das mais diversas variedades, contemplando as viníferas para a elaboração de vinhos, espumantes e sucos”, destaca.

Apesar do clima sempre ser uma das grandes preocupações do produtor, Rebelatto explica que nesta safra as chuvas abaixo da média proporcionaram uma uva de ótima qualidade, de excelente concentração de açúcar, sabor e aromas. Mas, entre os desafios ainda encontrados está a mão de obra. O município de Garibaldi, inclusive, é o líder em ofertas de emprego durante a colheita.

“O setor inicia lá na propriedade rural com a produção; no mês de agosto, a poda, o cultivo, o manejo e finalizamos com a colheita, para depois serem elaborados os produtos. O período de vindima envolve muito trabalho e a demanda de mão de obra é grande. Estima-se que cerca de 5 mil trabalhadores venham para a região da Serra Gaúcha para a colheita da uva. O movimento aumenta e é necessário tomar alguns cuidados quanto a circulação do nosso interior, com os contratados que irão atuar na propriedade e, é claro, os trabalhadores precisam também ter garantia de trabalhar com segurança. Inclusive, o Sindicato está disposição para auxiliar tanto o viticultor quando os seus colaboradores”, explica.

O estado do Rio Grande do Sul possui a maior área de cultivo de videiras do Brasil, sendo responsável por cerca de 90% da produção nacional de uvas destinadas ao processamento. A principal região produtora é a Serra Gaúcha, que acaba movimentando diversos outros setores através da vitivinicultura.

“Os nossos municípios têm sua base urbana em cima dos produtos derivados da uva. Sem uva, não há turismo, reduzem-se os empregos. As próprias indústrias da região têm sua base na produção. Um exemplo, são as fabricantes de tanques para o armazenamento dos produtos, os caminhões que realizam o transporte da uva, entre tantos outros. Todos os setores são beneficiados com uma boa safra de uva. Sem dizer os consumidores que estão se utilizando de produtos de ótima qualidade”, ressalta.

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