Empresários e moradores da Serra Gaúcha estão focados em minimizar os prejuízos causados pela falta da ponte da BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. Está no ar a campanha ReConstruindo Conexões, que busca arrecadar R$ 1,2 milhão para erguer duas pontes provisórias: uma entre os dois municípios, ligando Vila Cristina a São José do Caí, e outra em Feliz.
A mobilização surge após o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) cancelar o projeto emergencial que instalaria uma ponte metálica temporária na região enquanto a travessia permanente está em processo de construção. A estrutura definitiva, que deverá ter 180 metros de extensão e 13 de largura, além de ser mais alta que a anterior, a qual foi comprometida pelas chuvas de maio, tem prazo de entrega projetado para dezembro.
Porta-voz da ReConstruindo Conexões, que conta com apoio de prefeituras, deputados e do próprio DNIT, o empresário Clóvis Schumann explica que o intuito é abrir um corredor humanitário que atenda as demandas da saúde, educação, indústria, comércio e do turismo. Ele reforça a angústia dos moradores, que sofrem com os efeitos da falta de locomoção para a transferência de pacientes, para o turismo, para o escoamento de produção e para o cotidiano.
Com este cenário, a campanha propõe implantar, entre Caxias e Nova Petrópolis, uma ponte baixa por meio da colocação de galerias. Em caso de cheia do Rio Caí, a estrutura poderá ficar submersa, admite o empresário, mas ele reitera que na maior parte do tempo estará aberta para veículos leves e pesados.
Em Feliz, por sua vez, a travessia será composta de contêineres. Schumann afirma que o município do Vale do Caí é muito afetado desde o fechamento da BR-116, na entrada de Nova Petrópolis, ainda no passado, uma vez que parte do tráfego da região foi transferido para a ponte de ferro da cidade. “Temos que ter empatia com os vizinhos que nos acolheram muito bem em todo esse período”, disse.
O prazo de entrega estimado pela campanha é a primeira semana do mês de setembro. Nos próximos dias, adianta Schumann, os trabalhos terão início em Vila Cristina.
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“Aqui em Vila Cristina, galerias, e em Feliz, no formato de contêineres. As duas vão receber estruturas por cima. A nossa (Caxias-Nova Petrópolis) terá uma camada de concreto para fazer a união das galerias. A margem de uma ponta a outra tem 170 metros. Se chover bastante, a água vai ter como se espalhar por cima, sem causar pressão em um ponto só”, argumenta.
Prefeituras voltadas aos acessos
Na sexta-feira (2), as prefeituras de Caxias do Sul e Nova Petrópolis encaminharam ao DNIT ofícios solicitando autorização para uso dos aterros em rocha depositados às margens do Rio Caí que sustentariam a estrutura de uma travessia metálica entre os dois municípios.
Na mobilização, as duas administrações, aliadas ainda aos municípios de Feliz, Picada Café e Gramado, estão à cargo de auxiliar com a manutenção dos acessos às duas futuras pontes provisórias e disponibilizar máquinas para os trabalhos.
“As prefeituras se comprometeram em ajudar nós com máquinas e com os acessos às pontes baixas. Empresas já sinalizaram que durante essa semana vão fazer aporte financeiro à campanha para que possamos cumprir o cronograma de entrega na primeira semana de setembro. Lembrando que todo mundo pode fazer sua parte, ajudar com qualquer valor essa vaquinha em prol da comunidade de Caxias do Sul, Nova Petrópolis e região”, complementa o empresário Clóvis Schumann.
Para contribuir com doações em dinheiro, é possível utilizar a chave Pix [email protected].
