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Caxias do Sul solicita ao DNIT o uso de rochas de leito de rio para ponte provisória na divisa com Nova Petrópolis

Prefeitos da região devem contribuir com horas-máquina para que os trabalhos sejam executados. Intuito é viabilizar travessia com colocação de galerias no Rio Caí

Caxias do Sul solicita ao DNIT uso de material para construção de ponte provisória na divisa com Nova Petrópolis
Foto: DNIT/divulgação


A mobilização de prefeitos e empresários, que no dia 24 de julho dividiram tarefas para retomar o tráfego entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, avançou mais um passo para retomar a construção de uma ponte provisória sobre o Rio Caí, após o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) cancelar o projeto emergencial.

Nesta sexta-feira (2), o Executivo de Caxias encaminhou à autarquia um ofício solicitando autorização para uso do aterro em rocha depositado às margens do rio, o chamado rachão, que sustentaria a estrutura de uma travessia metálica. A ideia é que Nova Petrópolis faça o mesmo do outro lado, na região da localidade de São José do Caí.

“Estamos trabalhando juntos para viabilizar a colocação de galerias (no rio). Nós vamos trabalhar na questão das cabeceiras dos dois lados, acredito que até segunda-feira a gente tenha uma definição (do DNIT sobre o rachão), mas o objetivo do grupo é restabelecer essa ligação, mesmo que numa ponte baixa, mas que se tenha a condição de restabelecer o tráfego entre essas duas regiões”, afirma o prefeito caxiense Adiló Didomenico.

Além disso, os municípios que integram a ação vão contribuir com horas-máquina para que os trabalhos sejam executados. A prefeitura de Caxias disponibilizará R$ 300 mil de horas-máquina. De acordo com Adiló, é preciso levantar R$ 1,5 milhão para asfalto e insumos, missão que ficará à cargo de empresários do setor privado envolvidos no projeto.

A administração de Caxias informou que as intervenções estão em conformidade com as legislações ambientais.

Cancelamento das obras

O DNIT informou no dia 19 de julho o cancelamento das obras para instalação de uma ponte metálica provisória entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis sobre o Rio Caí. Os trabalhos foram paralisados ainda nos dias 16 e 17 de junho, quando o aterro em rocha que vinha sendo erguido para sustentar a travessia foi destruído por um temporal.

A estrutura serviria de alternativa enquanto uma ponte definitiva é construída na BR-116, no km 174. A passagem original teve um dos pilares comprometido pelas chuvas no dia 12 de maio, impossibilitando o tráfego de veículos.

De acordo com nota enviada à reportagem pelo DNIT, a viabilização da ponte metálica temporária demanda a execução de grandes aterros em rocha, as chamadas cabeceiras, para reduzir a extensão a ser vencida pela estrutura, que possui 50 metros, enquanto o vão total é de 90 metros. A autarquia justifica que a robustez da obra, entre outros aspectos técnicos necessários para as cabeceiras resistirem a futuras cheias do rio, exige prazos longos de execução.

A finalização da ponte definitiva é projetada, agora, para dezembro deste ano. O anteprojeto indica que a travessia terá 180 metros de extensão e 13 de largura, além de ser 1,2 metro mais alta que a anterior. O custo total é de R$ 31 milhões.

Para chegar à Nova Petrópolis e Região das Hortênsias, a partir de Caxias do Sul, o DNIT recomenda o uso da Ponte do Bananal, no município de Vale Real, em conjunto com a passadeira flutuante para pedestres, implantada pelo Exército para travessia do Rio Caí.

Andamento das obras da ponte definitiva | Foto: Andreia Copini/divulgação