Neste domingo (18) comemora-se o Dia do Médico, aquele profissional que opta por prevenir e salvar vidas. Na formatura realiza o juramento de Hipócrates prometendo, dentre outras coisas, que “Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. ” e ao longo da carreira mantem uma relação de confiança, segurando em suas mãos a vida de um paciente.
Em homenagem a esta categoria tão essencial a todos, principalmente no meio de uma pandemia, a reportagem do Portal Leouve conversou com dois profissionais que trabalham em Caxias do Sul e região. O médico Neurocirurgião, Dr. Asdrubal Falavigna, coordenador do Centro de Saúde Digital da UCS em Caxias e o com o Ortopedista e Traumatologista, Dr. Felipe Krindges de Farroupilha.
Os médicos falaram sobre a suas escolhas pela profissão, as relações que mantem com os pacientes e sobre a pandemia de Covid-19. Ambos relataram as dificuldades e evoluções da área que foram possíveis graças as limitações que a pandemia trouxe.
Ao falar sobre sua escolha de profissão Dr. Asdrubal responde: “Bom, tu sabes que eu acho que foi a medicina que me escolheu não fui eu que escolhi a profissão, desde pequeno eu tinha o gosto de ajudar as pessoas, de se simpatizar com os problemas dos outros. Durante a minha infância tive vários sinais, até que chegou o momento que disse a mim mesmo que faria medicina. Ao meu ver, atender um paciente é uma relação de confiança, porque o paciente te entrega informações sigilosas sobre a vida dele. O paciente entrega ao médico o seu bem mais precioso que é a saúde e deposita no profissional a confiança da cura.”
O neurocirurgião que também é professor do curso de Medicina na Universidade de Caxias do Sul (UCS) comenta que de sua época de estudante para o que ele apresenta hoje aos alunos, a medicina evoluiu cerca de 60%, em relação a tecnologia e maneiras de tratamentos para garantir a eficacia dos diagnósticos. Falavigna explica que principalmente na pandemia foi importante o aperfeiçoamento e o uso das tecnologias. Ele exemplifica o caso da UCS que criou uma telemedicina, onde o paciente mesmo longe sente-se atendido e em segurança, pois tem contato direto com o médico.
Asdrubal relata que há apenas um ensinamento que nunca muda, a necessidade de demonstrar ao paciente que “o paciente não é a doença, a doença faz parte do parte do paciente”. Isso significa que o médico trabalha com a parte de humanismo, de entendimento de um paciente como um todo, independente da raça, credo ou condições financeiras.
Falvigna concluí que “a saúde é o bem inestimável do ser humano, ela não tem valor, sem saúde nós não conseguimos ter uma vida adequada e o médico, assim como os outros profissionais da área da saúde, é a pessoa responsável não pro tratamento das doenças, eu fico feliz a cada dia mais, porque vejo que as pessoas vão ao consultório, não para tratar o problema, mas porque elas querem ser orientadas a como se manejar no dia a dia para não ter a dor.”
Já o Dr. Felipe, explica que a escolha da profissão se deu porque “quando eu era criança fiz uma orientação vocacional e uma das opções que surgiu foi a de médico. Entrei para a faculdade e gostei muito da profissão que exerço, pois para mim ser médico é uma das coisas mais bonitas. A sensação de poder ajudar uma pessoa, curando suas dores e melhorando a qualidade de vida é muito gratificante, mesmo que o sistema não colabore e os médicos recebam duras críticas por não conseguir atendera todos, é uma profissão gratificante.”
Krindges também concordou que a pandemia assustou a todos no inicio, devido a falta de informações sobre o coronavírus, mas que trouxe também benefícios em relação a tecnologia e evolução dos diagnósticos. Segundo ele no inicio havia muitos profissionais da linha de frente com temor pela saúde dos pacientes e pela própria. Na atualidade, ele comenta, que já se sabe o que deve e o que não deve ser feito.
O ortopedista deixa uma mensagem aos futuros profissionais, “quem está estudando nesta área, tem que seguir sempre se atualizando, é uma profissão que está em constante evolução. Já se entra na profissão sabendo que vai ter que estudar pra sempre.”
O dia 18 de outubro é considerado o Dia do Médico, por uma criação da Igreja Católica. Nesta data os católicos comemoram o dia de São Lucas, um homem santo que foi médico em vida e por isso é considerado o protetor da categoria. Não se sabe ao certo se está data se referencia ao nascimento ou a morte de São Lucas.
A data começou a ser celebrada no Brasil em 1902, após o médico paranaense Eurico Branco Ribeiro, fundar um sanatório com o nome do santo no país. Além do Brasil, nesta data homenageia-se a categoria em outros países católicos como:Itália, Portugal, França, Espanha, Bélgica e Polônia.