Órgãos de segurança, Secretaria da Educação e vereadores se reuniram para reafirmar os posicionamentos das autoridades e os métodos para enfrentamento de ameaças e possíveis ataques contra as escolas de Caxias do Sul. O encontro foi convocado pela Comissão de Segurança do Legislativo, na tarde desta terça-feira (11), no contexto dos atentados praticados recentemente em instituições de ensino no Brasil. Dezenas de pessoas da comunidade marcaram presença no plenário da Câmara e demonstraram suas preocupações em cartaz e manifestações.
O presidente do grupo parlamentar, Alexandre Bortoluz (PP) deu início informando que protocolou, junto a outros parlamentares, dois projetos de lei com a intenção de reforçar a segurança das instituições de ensino.
“Também a gente pediu o reforço na reunião de hoje do policiamento ostensivo, da nossa Guarda Municipal, Brigada Militar, em todas as escolas. Nós estamos atentos, trabalhando em conjunto com os órgãos de segurança. […] É importante ressaltar os canais de denúncia, que é o 181, o disque denúncia, e principalmente o 190 da Brigada Militar. Todo e qualquer caso que a pessoa, pai ou mãe, a professora, a direção [de escola], suspeite de alguma situação, deve entrar em contato com estes números”, destacou Bortoluz.
Representando a pasta da Educação, a diretora pedagógica Paula Martinazzo sugeriu meios para atravessar este momento, buscando devolver a sensação de segurança aos pais e responsáveis dos alunos.
“As escolas receberam orientações de manejo de segurança no dia a dia, como cuidar das entradas, das saídas, corredores. Priorizar que os estudantes estejam utilizando uniformes escolares”, revelou Paula.
A diretora pedagógica divulgou, ainda, um ciclo de lives gratuito, que deve acontecer nesta quinta (13) e sexta-feira (14), para tratar de saúde mental e emocional dos estudantes, e segurança digital. É possível acompanhar pelas redes sociais da Secretaria da Educação, a partir das 19h.
O novo comandante do 12° Batalhão de Polícia Militar (BPM), Ricardo Moreira de Vargas, iniciou sua fala indagando se estes casos se tratam de “uma causa ou uma consequência de algo muito maior”. Neste sentido, ele defendeu uma união da sociedade para combater problemas escolares desde a origem. Reafirmou ainda a importância da presença ostensiva da polícia.
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“Hoje, por exemplo, o batalhão fechou as portas. Todo nosso efetivo administrativo está empregado na rua, em torno das escolas. […] Nós não descartamos nenhuma possibilidade aqui em Caxias, por isso permanecemos atentos. Mas, o que posso dizer para a comunidade caxiense é que nós não temos, agora, nenhum indicativo claro, por parte do serviço de inteligência de todas as instituições da segurança pública de que temos alguma ameaça clara e potencial para acontecer em Caxias”, disse.
O titular da Secretaria de Segurança, Paulo Roberto da Rosa, atentou que os órgãos de segurança estão unidos em prol da causa. Reforçou que a Guarda Municipal tem como prioridade as visitas às escolas públicas e privadas, e que os setores de inteligência monitoram a situação.
O delegado Luciano Righes Pereira salientou que, no âmbito da Polícia Civil, as ações estão focadas na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). De acordo com Pereira, a corporação já trabalha no monitoramento de grupos de whatsapp e redes sociais para desarticular ameaças e informações falsas em potencial e, ainda, identificar autores destes crimes.
As autoridades, de uma forma geral, também alertaram para a população não compartilhar boatos referentes ao tema. Ainda durante a reunião, foi informado pelo comandante do 12° BPM a prisão de um suspeito de ameaças a creches e instituições de ensino Caxias do Sul.
