Hortênsias

Sindilojas pede ‘pulso firme’ da polícia no combate ao crime na Região das Hortênsias

Casos recentes de violência, como o assassinato de Eduardo dos Santos em frente à Catedral de Pedra de Canela, acenderam o alerta nas autoridades. Polícia Civil investiga o caso

Sindilojas pede ‘pulso firme’ da polícia no combate ao crime na Região das Hortênsias
Sindilojas pede ‘pulso firme’ da polícia no combate ao crime na Região das Hortênsias

O assassinato de Eduardo Jardim dos Santos, de 26 anos, na Praça da Matriz em frente à Catedral de Pedra de Canela na sexta-feira (26), acendeu o alerta de preocupação nas autoridades e em representantes do comércio e turismo do município. Por meio de nota encaminhada à imprensa na segunda-feira (29), o Sindilojas, representante de classe de sete cidades que compõe a Região das Hortênsias, cobrou pulso firme da polícia. Além disso, o comunicado, assinado pelo presidente da entidade, Guido Thiele, reforça que ações criminosas como as vividas em Canela na semana passada estão “mudando a imagem da Serra Gaúcha”.

Confira a nota de repúdio na íntegra

Segurança! Essa é a palavra que precisamos dar mais atenção para que possamos viver, trabalhar e receber visitantes na Região das Hortênsias com dignidade.

Somos conhecidos como um dos destinos mais desejados do Brasil, com uma natureza encantadora, clima ameno, comércio de qualidade, arquitetura que vai das origens à modernidade, hotelaria confortável e acolhedora, gastronomia diferenciada, parques e atrativos que fazem de nossa região uma das mais importantes para o país.

A Serra Gaúcha também é considerada segura em relação a outras localidades, tanto que muitos escolhem residir aqui ou planejam suas viagens para cá. Este fator, segurança, une-se aos demais diferenciais que oferecemos.

Não podemos deixar de nutrir estes diferenciais. É preciso inovar para sempre proporcionarmos uma nova experiência aos nossos turistas. Mas também é fundamental que esta experiência seja agradável e inesquecível.

Situações como a que ocorreu na sexta-feira (26 de julho), em frente à catedral de pedras de Canela, são inaceitáveis e não podem se repetir se quisermos manter a boa imagem de nossas cidades. Imagem esta que não veio de graça, mas por meio do suor de muitas mãos, de uma comunidade pujante e batalhadora.

Um homem, baleado e morto à luz do dia, em um dos pontos mais movimentados de Canela não é algo que gostaríamos de registrar na linda história de nossa cidade. Munícipes e turistas passam por este local diariamente. É preciso cuidar de nosso povo e de nossos visitantes.

Estamos vivenciando episódios que, aos poucos, estão mudando a imagem de nossa Serra Gaúcha. É preciso um trabalho mais efetivo dos órgãos competentes quanto a várias frentes: o combate ao tráfico de drogas, a fiscalização do comércio ilegal, a punição para a publicidade irregular, entre outros.

O Sindilojas Região das Hortênsias, representante legal dos lojistas de sete cidades, vem a público pedir as autoridades maior atenção a estas questões e pulso firme para enfrentar, caso contrário, estaremos fadados a um futuro diferente do que hoje somos e oferecemos a nossa comunidade e aqueles que escolhem nossos destinos para viver ou fazer turismo.

Guido Thiele
Presidente Sindilojas Região das Hortênsias

Relembre o caso

Na tarde da sexta-feira (26), por volta das 16h25min, um homicídio ocorreu em frente à Igreja Matriz, em Canela. Eduardo Jardim dos Santos, de 26 anos, estava sentado em um banco quando uma moto preta com dois indivíduos se aproximou. O caroneiro desceu da motocicleta e efetuou disparos contra Eduardo, que morreu no local. Com a vítima, a Polícia encontrou um revólver e uma embalagem contendo um tablete de maconha. Imagens de câmeras de monitoramento flagraram o momento do assassinato.

Ainda na semana passada

Dois jovens foram mortos a tiros em um crime que mobilizou a polícia Canela. O fato aconteceu às 21h34min da segunda-feira (22) na Alameda Quatro, um beco entre as ruas Salgado Filho e Hermann Otto Fritz Beeck, no bairro São Rafael. As vítimas foram identificadas como Lucas de Paula Oliveira, de 17 anos, e José Otávio da Silva Antunes, 21.

A Polícia Civil investiga os casos. Por conta da greve de silêncio de agentes e delegados no Rio Grande do Sul, nenhuma informação atualizada sobre os crimes foi repassada.