Caxias do Sul

Radar temporário do aeroporto de Caxias do Sul deve ser transferido para o 3º GAAAe

Equipamento instalado no Hugo Cantergiani visa ampliar o monitoramento do espaço aéreo do Estado. De propriedade da FAB, deverá ficar em definitivo na sede do quartel ligado ao Ministério da Defesa

Foto: Divulgação/Decea
Foto: Divulgação/Decea

Depois da retomada das operações normais do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o radar instalado de forma provisória no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, deve ser transferido de forma definitiva para o 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (3º GAAAe). A informação é do diretor do terminal aeroportuário caxiense, Cleberson Babetzki.

Segundo ele, o radar foi instalado no Hugo Cantergiani tendo em vista o equipamento similar ter sido avariado pela enchente no terminal da capital gaúcha. Outro motivo é que o radar também instalado na Base Aérea de Canoas não tem raio de cobertura na Serra, no Norte do Estado e em parte de Santa Catarina.

Desta forma, a posição geográfica de Caxias do Sul foi fundamental para a estratégia adotada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e o terminal aéreo local cedeu espaço para a instalação. Como se trata de um equipamento de propriedade do Ministério da Defesa, quando o Salgado Filho voltar a funcionar plenamente e assumir o monitoramento do espaço aéreo do Estado, o radar deverá ser instalado em órgão vinculado ao governo federal.

“Nós já sabíamos que a instalação do radar no nosso aeródromo seria provisória. Até porque temos limitação de espaço físico. Como se trata de patrimônio pertencente à FAB, é mais conveniente que permaneça em local de domínio do Ministério [da Defesa], até para que tenha acesso à manutenção e outras questões operacionais, que são do controle do governo federal”, explicou Cleberson.

Os dados monitorados no Hugo Cantergiani são direcionados ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), com sede em Curitiba, no Paraná.

Radar

A instalação do equipamento em Caxias do Sul pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) foi concluída no final de julho. Foram envolvidos na operação cerca de 20 militares, além de dois caminhões-guindaste, uma carreta, um caminhão, um furgão e uma picape. O radar começou a operar na metade de agosto.

O aparelho é do tipo secundário e visa melhorar a capacidade de detectar um maior fluxo de aeronaves, devido ao aumento do movimento aéreo na região. Antes de entrar em operação, ele foi checado e homologado pela aeronave-laboratório do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV).