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Confira esboço e andamento da obra da ponte definitiva entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis na BR-116

DNIT prevê conclusão da estrutura em dezembro deste ano. Etapa atual compreende a implantação das fundações da travessia

Sete pilares e 180 metros de extensão: veja projeto e andamento da construção de ponte definitiva da BR-116 na Serra
Imagem: DNIT/Divulgação


Passados quase dois meses da implosão da estrutura antiga, a ponte definitiva da BR-116 entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis está ganhando forma. A etapa atual, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), compreende a implantação das fundações da travessia, serviço que inclui a execução de estacas e a construção dos blocos de fundação. A autarquia federal prevê a finalização da obra, que tem investimento de R$ 31 milhões, em dezembro deste ano, apesar do prazo contratual indicar a entrega em fevereiro de 2025.

A principal ligação entre Serra e Hortênsias está bloqueada desde 12 de maio, quando a ponte, situada no km 174, não suportou a cheia do Rio Caí, causada pelas chuvas históricas, e cedeu parcialmente. Esse é, inclusive, o último trecho bloqueado totalmente em estradas federais no Estado após o desastre climático.

A ordem de início das obras para a nova passagem foi assinada no dia 4 de junho com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho. O primeiro passo foi demolir a estrutura anterior, em 27 de junho, para dar lugar à reconstrução, realizada pela empresa Cidade — que foi contratada emergencialmente pelo DNIT.

De acordo com o projeto, enviado à reportagem do Portal Leouve pela autarquia nesta terça-feira (20), a ponte terá sete pontos de apoio: dois deles estarão nas extremidades e os outros cinco serão colocados no leito do rio. Os pontos de apoio, segundo o DNIT, são componentes ou partes de uma mesma peça que impedem o movimento das estruturas.

Até o momento, as equipes concluíram a implantação das estacas dos apoios 1 e 2, que ficam na margem do lado de Caxias do Sul, e já foi iniciada a execução dos blocos nestes locais. Além disso, está em andamento a construção da estaca do apoio 3.

O DNIT informa, ainda, que, para agilizar a obra, estão sendo adiantados serviços das fases seguintes, como a preparação das armaduras e fabricação de elementos pré-moldados.

Com isso, será possível acelerar as próximas fases da obra. A expectativa da autarquia é de que as obras sejam concluídas em dezembro deste ano e o tráfego liberado na sequência“, complementa a nota.

A ponte deverá ter 180 metros de extensão e 13 metros de largura, além de ser mais alta e mais resistente que a anterior.

Andamento das obras neste mês | Foto: Andréia Copini/Divulgação

Campanha visa ponte provisória ainda em setembro

As primeiras galerias em concreto armado da ponte provisória que está sendo construída sobre o Rio Caí, entre Caxias e Nova Petrópolis, começaram a chegar nesta terça-feira (20) no canteiro de obras. A passagem está sendo construída pelo Programa de Aceleração Pontes do Sul com recursos arrecadados pela Campanha ReConstruindo Conexões, mobilizada por empresários e moradores da região

Conforme o engenheiro Jeferson Dal Bello, serão necessários 88 galerias para a construção da ponte. A previsão de entrega é de 20 dias. O prazo, porém, é condicionado às condições climáticas.

A primeira parte do trabalho, que consistia na preparação do terreno, começou no dia 12 de agosto. A partir de agora, a previsão é que cheguem 18 galerias por dia.

Nesta terça, vão chegar também as placas de contenção laterais. Teremos 40 galerias de um lado e 48 do outro. Quando tivermos as primeiras 40 entregues, começa a montagem”, explica Dal Bello.

É possível que nesta quarta-feira (21) essa etapa do trabalho inicie. A travessia temporária terá galerias de 33 metros e 39,6 metros de comprimento e um custo de R$ 1.854.957,49. Terá apenas uma via e capacidade de tráfego para todos os tipos de veículos, incluindo caminhões. Uma das vantagens das pontes feitas em galerias é a rapidez da obra.

“Como essas pontes usam peças pré-moldadas padronizadas, não é necessário esperar pela cura do concreto das galerias no local, somente da pista de rodagem, o que agiliza o processo”, explica o engenheiro.

Diego Brunoni/ Divulgação

O financiamento da ponte se dá por meio de uma campanha de arrecadação coordenada pela CDL de Nova Petrópolis. A chave pix para contribuir é [email protected].