Caxias do Sul

"Só quero que a justiça seja feita", diz irmã de jovem morto após perseguição com a GM em Caxias

"Só quero que a justiça seja feita", diz irmã de jovem morto após perseguição com a GM em Caxias

Familiares, amigos e colegas motoboys de Matheus da Silva dos Santos, jovem que foi morto pela Guarda Municipal após fugir de uma blitz no domingo, se reuniram em diversos pontos de Caxias do Sul em protesto, pedindo por justiça.

Um comboio com mais de 100 veículos entre automóveis e motocicletas se reuniram em frente aos pavilhões da Festa da Uva e seguiram até a Fiscalização de Trânsito, passando pela Guarda Civil Municipal e por fim na Prefeitura Municipal de Caxias do Sul. No caminho houve buzinaços, e falas em repreensão ao ato cometido pelos profissionais de segurança.

A irmã de Matheus, Milena Brito esteve presente durante o ato e  falou sobre o desejo da família neste momento “Só quero que a justiça seja feita. Ele era um guri trabalhador, do bem e não merecia ter terminado assim a vida dele”, encerra a jovem com a voz embargada.

Um dos organizadores do protesto, Zoluar Ricardo e representante da classe dos motoboys de Caxias do Sul, falou sobre a necessidade de um consenso entre a fiscalização e condutores. “De uns tempos para cá, vem toda essa fiscalização em Caxias do Sul, que é normal, a gente não é contra isso. A gente é contra a truculência que vem acontecendo. Então é isso que a gente tá reinvindicando, que pare os excessos. Fiscalização é normal, sempre vai ter, mas vamos ter que baixar os ânimos de ambos os lados para que não aconteça algo pior daqui a pouco”, fala.

A Prefeitura de Caxias do Sul, emitiu uma nota se posicionando sobre o caso:

A Prefeitura de Caxias do Sul informa que teve início na manhã desta segunda-feira (07) a sindicância interna para apurar os fatos que resultaram na morte do jovem Matheus da Silva dos Santos, na madrugada de domingo, em que estiveram envolvidos integrantes da Guarda Municipal.

A medida faz parte do conjunto de ações adotadas pelo Município desde o registro do fato. Houve apreensão das armas para realização de perícia e determinação para que os quatro servidores passem a atuar em atividades internas até a conclusão do inquérito policial e da sindicância.

Por meio da Fundação de Assistência Social, será prestado à família todo o atendimento social e psicológico. A Prefeitura lamenta o ocorrido e adotará total transparência na apuração dos fatos e na divulgação dos resultados.