Foi encerrado, na madrugada deste sábado (26), o júri do caso do assassinato da personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva. A juíza Débora de Souza Vissoni, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Montenegro, comunicou a decisão do júri pela condenação de Alexsandro Alves Gunsch por homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Com isso, a pena fixada é de 26 anos e 8 meses de reclusão em regime inicialmente fechado. A magistrada determinou a imediata execução da condenação imposta. Cabe recurso da decisão.
Como foi o julgamento
O júri foi realizado no Salão do Júri do Foro de Montenegro e durou 17 horas. O Conselho de Sentença foi formado por cinco mulheres e dois homens.
Durante todo o dia, foram ouvidas três testemunhas de acusação – os pais e o irmão da vítima, um perito e interrogado o réu. Por volta das 18h tiveram início dos debates entre acusação e defesa.
Na acusação, atuaram as Promotoras de Justiça Graziela Lorenzoni e Rafaela Hias Moreira Huergo e a Assistente de Acusação Samanta Dannus. Na defesa técnica, estiveram os Advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares.
Os trabalhos foram transmitidos ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube
Relembre o caso
O crime teria ocorrido por volta das 3h do dia 26 de janeiro do ano passado, de forma premeditada. A vítima foi encontrada morta em frente à casa dos pais dela, em Montenegro, ainda na madrugada. Ela estava em processo de mudança da casa do ex-companheiro, após a separação. De acordo com a acusação, o motivo do feminicídio teria sido a inconformidade do réu com o término do relacionamento. A causa da morte foi asfixia mecânica.