OPERAÇÃO

Polícia combate quadrilha que estuprava, torturava e expunha mulheres na internet

Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em nove estados; Os agentes também apuram crimes de misoginia e racismo praticados pelos suspeitos.

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira (30), a Operação Abraccio contra um grupo criminoso responsável por estupros, torturas e exposição de mulheres em redes sociais. Agentes cumprem mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em outros oito estados: Distrito Federal, São Paulo, Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Santa Catarina.

Até às 6h45 da manhã, os policiais prenderam quatro suspeitos. A investigação teve início na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após o relato de uma mãe. Ela procurou a unidade policial ao descobrir que imagens íntimas da filha circulavam na internet.

Investigação e Crimes Cometidos

Os investigadores identificaram a atuação de um grupo que se articulava pela plataforma Discord. O grupo cometeu crimes hediondos, incluindo mutilações com navalhas, forçando mulheres a escreverem na pele os nomes dos agressores. Os criminosos transmitiam os abusos ao vivo ou armazenavam as gravações para divulgação posterior.

Durante a apuração, a polícia reconheceu seis vítimas e confirmou que o grupo produziu dezenas de registros de violência. Os agentes também apuram crimes de misoginia e racismo praticados pelos suspeitos.

Prisões e Desdobramentos

Em maio, os policiais prenderam o primeiro integrante da quadrilha. A análise do material apreendido — mais de 80 mil arquivos entre imagens, vídeos e áudios — levou a polícia até outros envolvidos no esquema criminoso.

As investigações continuam em sigilo, e novas prisões podem ocorrer nas próximas horas.