Litoral - A mulher suspeita de envolvimento na morte e esquartejamento de Milton Prestes da Silva, de 55 anos, se entregou à polícia neste sábado (9), na Delegacia de Torres, no Litoral Norte. O crime foi descoberto na última terça-feira (5), quando o corpo da vítima foi localizado dentro de um freezer, queimado, em uma casa na praia de Quintão, em Palmares do Sul.
A suspeita, de 47 anos, companheira da vítima, compareceu à delegacia acompanhada de um advogado e negou participação no crime. Após prestar depoimento, foi encaminhada ao Presídio Estadual Feminino de Torres. A Justiça de Palmares do Sul havia decretado sua prisão temporária na quinta-feira (7).
O filho da mulher, de 23 anos, já havia sido preso preventivamente na semana passada. Ele confessou ter esfaqueado o padrasto e permanece detido na Penitenciária Modulada Estadual de Osório. A Polícia Civil investiga a possível participação de um terceiro envolvido no crime.
“Precisamos aprofundar a investigação”, afirmou o delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, responsável pelo caso.
O crime
Milton Prestes da Silva estava desaparecido desde 27 de fevereiro. Familiares e vizinhos estranharam o sumiço e passaram a questionar moradores da região. No sábado (2), relatos indicaram fumaça saindo da residência da vítima, além de um forte odor de queimado. Questionada sobre o paradeiro do companheiro, a mulher não soube explicar e fugiu de carro antes da descoberta do corpo.
Cerca de 10 horas depois, o filho da suspeita confessou o assassinato, alegando que a mãe era vítima de violência doméstica. Segundo ele, o crime ocorreu entre a noite de quinta-feira (29) e a madrugada de sexta-feira (1º), na casa onde a vítima morava e mantinha uma loja de conveniência, na rua Visconde de São Leopoldo. Ele disse ter esfaqueado o padrasto, armazenado o corpo no freezer e, no dia seguinte, esquartejado e queimado os restos mortais, com a intenção de enterrá-los posteriormente.
Apesar da alegação de agressões contra a mãe, a Polícia Civil informou que não há registros de violência doméstica envolvendo o casal.
“É a alegação dele, mas não há boletins de ocorrência nem relatos de familiares que confirmem isso”, disse o delegado Ractz Júnior.
As investigações seguem para esclarecer todas as circunstâncias do crime.
*Com informações de Correio do Povo