Polícia

Leandro Boldrini, acusado de matar o filho, volta a ser julgado nesta segunda, em Três Passos

Ele havia sido condenado em 2021 a pena de 33 anos e oitos meses de prisão, anulada pela sua defesa

Leandro Boldrini é acusado de homicídio quadruplamente qualificado
Leandro Boldrini é acusado de homicídio quadruplamente qualificado (Foto: André Ávila)

O réu Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual da morte do menino Bernardo Boldrini, 11 anos, em 2014, volta a ser julgado na manhã desta segunda-feira (20) na cidade de Três Passos. O médico responde pelos crimes de de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, emprego de veneno e dissimulação), ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Ele havia sido condenado em 2021 a pena de 33 anos e oitos meses de prisão, anulada pela sua defesa.

Para o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que estará representado em plenário pelos promotores de Justiça Lúcia Helena de Lima Callegari e Miguel Germano Podanosche, o júri deve se estender por até três dias. Além do réu, serão ouvidas 10 testemunhas (quatro chamadas somente pelo MPRS, uma chamada por ambas as partes e outras cinco apenas pela defesa).

Após as oitivas das testemunhas e o interrogatório do réu, se iniciarão os debates. MPRS e defesa terão 1h30min cada para se manifestarem. Réplica e tréplica, se houver, serão de 1 hora cada. O júri será transmitido ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube (confira abaixo).

Morte do menino Bernardo

Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014, e seu corpo foi encontrado 10 dias depois, enterrado em uma cova vertical dentro de uma propriedade às margens de um riacho na cidade vizinha de Frederico Westphalen. No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos por serem, respectivamente, o mentor intelectual e a executora do crime. A amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, também foi presa por ajudar no assassinato.

Dias depois, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi preso por ser quem preparou a cova onde o menino foi enterrado. Os quatro réus foram condenados em 2019, mas o júri de Leandro foi anulado em dezembro de 2021.