
Rio Grande do Sul - O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) conseguiu condenar dois réus a mais de 10 anos de prisão por crimes descobertos na Operação Leite Compen$ado V, deflagrada em 8 de maio de 2014. A investigação revelou um esquema que adulterava leite cru com água, formol e bicarbonato de sódio, colocando em risco a saúde de milhares de consumidores nos vales do Taquari e do Sinos.
Entre os condenados está um químico industrial conhecido como “alquimista” ou “mago do leite”, considerado o cérebro do grupo. Ele recebeu pena de 11 anos e oito meses de prisão. O outro réu pegou 10 anos. O juiz determinou o início imediato do cumprimento das penas em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
A sentença também determinou o perdimento de bens dos condenados e a comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral, conforme prevê a Constituição Federal.
Operação Leite Compen$ado 13 e Novas Descobertas
O “alquimista” voltou a ser notícia recentemente. O MPRS o prendeu novamente durante a Operação Leite Compen$ado 13, em 11 de dezembro de 2024, nas cidades de Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e São Paulo. Nessa nova etapa, os promotores descobriram o uso de soda cáustica e água oxigenada na adulteração do leite.
Os promotores Mauro Rockenbach e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho coordenaram tanto a investigação de 2014 quanto a operação de 2024. Rockenbach afirmou que pretende recorrer da decisão para tentar reverter a absolvição de transportadores de leite denunciados pelo MPRS.