NESTA QUARTA

Acusado de mandar matar esposa para não dividir bens em divórcio será julgado no RS

A expectativa é de que o júri dure até dois dia; um dos réus é ex-vereador de Palmeira das Missões

Sandra Mara desapareceu em 30 de janeiro de 2018 e foi e foi encontrada morta um ano depois (Arquivo Pessoal)
Sandra Mara desapareceu em 30 de janeiro de 2018 e foi e foi encontrada morta um ano depois (Arquivo Pessoal)

O homem acusado de mandar matar a esposa, Sandra Mara Lovis Trentin, e o suposto executor do crime enfrentarão o tribunal do júri nesta quarta-feira (25), em Palmeira das Missões. O julgamento começa às 9h, no Fórum da comarca, sob a presidência do juiz Gustavo Bruschi, da Vara Criminal. A expectativa é de que o júri dure até dois dias.

Os dois réus respondem pelos crimes de homicídio qualificado — por motivo torpe, paga ou promessa de recompensa, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio — além do crime de ocultação de cadáver.

O Ministério Público, representado pelos promotores Ricardo Misko Campineiro e Rodrigo Alberto Wolf Piton, sustenta que o réu planejou o assassinato para se livrar do casamento sem precisar dividir o patrimônio. Segundo a denúncia, ele e a vítima, que eram casados e moravam com os filhos pequenos, mantinham um relacionamento em crise.

Detalhes do Crime e Acusação

A acusação afirma que os réus sequestraram Sandra sob ameaça de arma de fogo e a levaram para um local isolado em Boa Vista das Missões, onde cometeram o homicídio a tiros. Depois, ocultaram o corpo. O crime teria ocorrido entre os dias 30 de janeiro e 17 de fevereiro de 2018, e a ocultação do cadáver entre 20 e 22 de fevereiro do mesmo ano. O corpo foi encontrado um ano depois.

O júri contará com o depoimento de cinco testemunhas de acusação e três de defesa. Na Assistência de Acusação, atuam os advogados Antônio Luiz Pinheiro e Larissa Campagnolo. A defesa dos réus é formada pelos advogados Alexandre Bastian Hennig, Isabela Caminoto, Eduardo Davoglio De Souza, Lucas Estevan Duarte e Volnete Gilioli.

O julgamento estava previsto para fevereiro deste ano, mas precisou ser adiado após um dos advogados dos acusados renunciar à defesa.