Os três crânios encontrados por um grupo de crianças na Praça da Amob Villa Guilherme, na região do bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul, no dia 3 de junho, podem ter sido usados em um ritual religioso. Essa é a principal hipótese da investigação relatada pelo delegado Caio Marcio Fernandes, titular da Delegacia de Homicídios.
Ele explica que os crânios passarão por perícia para verificar se existe algum vestígio de violência ou algo que possa sugerir morte violenta. Por exemplo, uma perfuração fruto de disparo de arma de fogo. Ou algum amassamento que pudesse indicar golpe violento.
Contudo, ele ressalta que em análise superficial não há indícios dessa natureza. Isso faz crer que foram colocados naquele local. Além disso, há a ausência de outras partes do corpo. Somados à falta de resquícios como cabelo e pele, isso indica que os crânios possam ser bastante antigos.
O delegado também relata há existência de histórico de diversos outros casos ao longo dos anos. As situações semelhantes foram apuradas pelas circunstâncias. Tratavam-se de crânios utilizados para rituais religiosos.
“Essa no primeiro momento se mostra a hipótese mais provável, até por exclusão. Não há nenhum índice de morte violenta relacionada a eles”, contextualizou.
Além do mais, há um cemitério nas proximidades o que também poderia explicar a correlação de ordem geográfica com o fato.
Por fim, outra linha, menos provável, não descarta que alguém também possa ter pego os restos mortais, até mesmo familiares, ao infringir alguma norma sanitária.