O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) intensificou a campanha “Quando uma imagem vira pesadelo” para reforçar os alertas sobre os perigos da superexposição digital de crianças e adolescentes. A iniciativa responde ao crescimento das denúncias de crimes virtuais envolvendo menores de idade, que hoje ocupam o quinto lugar no ranking do Disque 100, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
A campanha, promovida pelo Centro de Apoio Operacional da Educação, Infância e Juventude (CAOEIJ), integra o programa MP ON, que trabalha com ações de educação digital em todo o estado. Os vídeos da série — produzidos em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) — voltaram ao ar em meio a números alarmantes sobre violência sexual online.
Impacto da Superexposição Digital
A organização ChildFund Brasil revelou que um terço dos adolescentes do país já sofreu algum tipo de abuso virtual. Os jovens brasileiros permanecem, em média, quatro horas por dia conectados, a maior parte do tempo pelo celular, trocando mensagens e jogando em plataformas digitais.
Os vídeos dramatizam situações comuns na rotina de crianças e adolescentes conectados. Em uma das histórias, uma adolescente conversa com um desconhecido na internet e, após ganhar confiança, recebe um pedido para enviar fotos íntimas. A tensão cresce quando ela percebe que caiu em uma armadilha — uma prática conhecida como grooming. O pesadelo termina em susto: tudo se revela um sonho, e a jovem acorda aliviada, mas consciente da gravidade da situação.
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Em outro episódio, um garoto compartilha imagens íntimas da namorada com colegas. Ao chegar na escola, enfrenta o julgamento da turma e o impacto social da atitude. A cena aponta para os danos emocionais e sociais que surgem com a quebra de confiança e o vazamento de conteúdo privado.
MPRS convida famílias a debaterem o uso consciente da internet
A campanha aposta em uma linguagem acessível e sensível para alcançar o público jovem. Além disso, estimula pais, mães e responsáveis a dialogarem com seus filhos sobre o uso responsável da tecnologia. O MPRS acredita que a educação digital precisa começar em casa e continuar na escola, com apoio de políticas públicas e ações preventivas.
Com o relançamento dos vídeos, o Ministério Público busca não apenas ampliar o alcance da mensagem, mas também provocar uma mudança de atitude diante dos riscos virtuais. A campanha já circula nas redes sociais do órgão e em escolas parceiras do projeto.
