Detectar rapidamente os sintomas de AVC é crucial para salvar vidas e evitar sequelas permanentes. Conforme a OMS, o acidente vascular cerebral é uma emergência médica onde o tempo de resposta pode fazer a diferença entre a recuperação e a incapacidade grave. Por isso, entender os sintomas e saber como agir nos primeiros minutos é essencial para oferecer suporte imediato.
Em casos de confirmação dos sintomas de AVC, 85% dos pacientes sofrem AVC isquêmico, que é quando uma artéria é obstruída, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais. Os outros 15% são de casos de AVC hemorrágico, bem mais fatal que o isquêmico, com um vaso sanguíneo se rompendo e provocando uma hemorragia.
Historicamente, homens apresentam uma maior incidência de AVC do que mulheres até a idade de 50 anos. No entanto, após a menopausa, o risco entre as mulheres tende a aumentar, em parte devido à queda dos hormônios estrogênios, que desempenham um papel protetor contra problemas cardiovasculares. Além disso, mulheres também apresentam maior risco de morte por AVC do que os homens.
O primeiro sintoma de AVC pode variar, mas geralmente envolve uma perda súbita de função em alguma parte do corpo, podendo incluir fraqueza ou dormência repentina em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, confusão mental, perda de visão em um ou ambos os olhos, geralmente de forma súbita, tontura, falta de coordenação ou perda de equilíbrio e dor de cabeça intensa e repentina sem causa aparente.
Sintomas de AVC: o que observar
Para identificar os sintomas de AVC, esteja atento aos 3 principais sinais e em caso positivo, aja rápido:
- Sorriso: Peça à pessoa para sorrir. Se um lado do rosto ficar paralisado, pode ser um indício de AVC.
- Braços: Solicite que levante ambos os braços. A dificuldade em erguer um dos braços ou em manter ambos elevados pode indicar fraqueza muscular.
- Mensagem: Peça para repetir uma frase simples. Se houver dificuldade em falar ou as palavras saírem confusas, é um possível sinal de AVC.
Se notar esses sintomas, é importante agir com rapidez, pois o tratamento do AVC é mais eficaz nas primeiras horas após o início dos sintomas. Quanto mais cedo for iniciado, menores são as chances de sequelas graves.
O que fazer nos primeiros minutos após identificar um AVC
- Chame ajuda imediatamente: Ligar para o SAMU é o primeiro passo ao suspeitar de um AVC.
- Mantenha a pessoa calma e deitada: Ajude a pessoa a deitar-se em posição confortável, de preferência com a cabeça levemente elevada, para facilitar a circulação sanguínea.
- Evite dar alimentos ou bebidas: Em casos de AVC, a pessoa pode ter dificuldade de deglutição, o que aumenta o risco de engasgo.
- Observe e anote os sintomas: Durante o período de espera pelo socorro, registre as alterações no estado da pessoa, como alterações na fala, força e consciência. Essas informações podem ajudar a equipe médica a oferecer um atendimento mais rápido e preciso.
Fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral
Os principais fatores de risco para o AVC incluem condições de saúde, estilo de vida, e também aspectos hereditários e genéticos. Entre os fatores de risco, os mais comuns são:
- Hipertensão arterial: Pressão alta é um dos principais fatores de risco, pois pode enfraquecer os vasos sanguíneos no cérebro, aumentando as chances de um AVC.
- Diabetes: Pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver problemas nos vasos sanguíneos, o que pode facilitar o surgimento de um AVC.
- Colesterol elevado: O acúmulo de placas de gordura nas artérias (aterosclerose) dificulta o fluxo sanguíneo, favorecendo acidentes vasculares.
- Sedentarismo e obesidade: A falta de atividade física e o excesso de peso estão associados a outros fatores de risco, como hipertensão e diabetes.
- Tabagismo: O cigarro danifica as paredes dos vasos sanguíneos e aumenta o risco de coagulação, contribuindo para um possível AVC.
- Consumo excessivo de álcool: Beber em excesso pode elevar a pressão arterial, além de contribuir para outras condições que aumentam o risco de AVC.
- Histórico familiar: A presença de AVCs na família pode indicar uma predisposição genética para problemas vasculares.
Reconhecer os sintomas de AVC e agir rapidamente pode salvar vidas e minimizar os danos cerebrais. O conhecimento sobre esses sintomas e as ações imediatas é um passo importante para garantir o melhor prognóstico possível.