A meta é que o Centro de Atendimento em Saúde à Pessoa Idosa de Caxias do Sul inicie o atendimento ao público até setembro deste ano, no entanto, o início depende da finalização dos trâmites formais, conforme explica o vereador Bueno (PDT), idealizador do projeto.
A estrutura deverá funcionar nos ambulatórios do Hospital Virvi Ramos,conforme divulgado ainda na sexta-feira (04) pelo governo estadual, cuja Secretaria da Saúde (SES) promove o Programa Saúde 60+ RS, que tem como objetivo ampliar o cuidado ambulatorial especializado e regionalizado para pessoas com 60 anos.
O serviço, que irá operar em formato multiprofissional e centralizado, com foco em usuários classificados como frágeis pela atenção primária ou diagnosticados com demência, busca reunir em um único local diferentes especialidades de saúde para evitar a fragmentação do atendimento ao público idoso.
Segundo informações da SES, cada unidade habilitada receberá um incentivo mensal fixo de R$ 120 mil ou R$ 130 mil, a depender da composição das equipes. Após a assinatura das portarias de habilitação, os municípios contemplados têm até 60 dias para iniciar os atendimentos.
Articulação e Viabilização do Projeto
Bueno relembra que o projeto foi articulado junto ao governo Estadual após iniciativa local que envolveu o gabinete da atual presidente da Comissão da Pessoa Idosa e da Saúde na Câmara, além do Conselho Municipal da Pessoa Idosa e a Coordenadoria do Idoso.
Segundo ele, inicialmente o grupo não teve apoio da Secretaria Municipal de Saúde, por isso buscou articulação direta com o Estado para garantir a viabilidade do projeto.
Impacto e Futuro do Centro de Atendimento
Ele ainda destaca que, atualmente, Caxias do Sul conta com cerca de 84 mil pessoas acima de 60 anos. Desta forma, o novo centro busca ampliar o acesso da população idosa a diagnósticos e tratamentos preventivos, reduzindo a demanda por procedimentos de alta complexidade no futuro. Neste sentido, o atendimento será realizado de forma referenciada, a partir das unidades básicas de saúde dos bairros.
“Nós estamos vendo o envelhecimento da população e nós não podemos deixar que a qualidade de vida não seja a mesma proporção. Então, a gente está observando que a pirâmide etária está se invertendo e, quando chegar lá em 2040, 2050, a taxa de natalidade vai diminuir e a taxa de pessoas com 60+, vai aumentar. Então, nós temos que pensar, desde já, políticas públicas efetivas e eficazes para que o idoso envelheça com saúde e com qualidade, evitando lá na base o desperdício de recursos públicos”, destaca.
Além da habilitação estadual, o projeto já conta com R$ 2,5 milhões em emendas parlamentares para sua estruturação inicial. A expectativa é que, após a implementação, o serviço seja incorporado como política pública permanente do município.