NOVO LÍDER

'Equilibrado humanamente', diz reitor do Santuário de Caravaggio, em Farroupilha, sobre Papa Leão XIV

Robert Francis Prevost, dos Estados Unidos, foi eleito na última quinta-feira (8) para liderar a Igreja Católica

‘Equilibrado humanamente’, diz reitor do Santuário de Caravaggio, em Farroupilha, sobre Papa Leão XIV ‘Equilibrado humanamente’, diz reitor do Santuário de Caravaggio, em Farroupilha, sobre Papa Leão XIV ‘Equilibrado humanamente’, diz reitor do Santuário de Caravaggio, em Farroupilha, sobre Papa Leão XIV ‘Equilibrado humanamente’, diz reitor do Santuário de Caravaggio, em Farroupilha, sobre Papa Leão XIV
Robert Francis Prevost foi eleito o 267º papa da história da Igreja Católicia (Foto: Santa Sé/Divulgação)
Robert Francis Prevost foi eleito o 267º papa da história da Igreja Católicia (Foto: Santa Sé/Divulgação)

A Igreja Católica passa por mais um momento importante de sua história. Após a morte do Papa Francisco, em 21 de abril, o novo pontífice foi definido na última quinta-feira (8). Robert Francis Prevost, 69 anos, natural de Chicago, nos Estados Unidos, agora é o Papa Leão XIV.

Em suas primeiras palavras como sucessor de Pedro, Prevost frisou: “Deus nos ama, Deus ama a todos vocês, e o mal não prevalecerá! Estamos todos nas mãos de Deus”. A construção de pontes por meio de diálogo para “sermos um único povo, sempre em paz”, foi uma das aclamações do papa.

Nos últimos anos, mobilizações em âmbitos como a corrupção, pedofilia e casamento entre pessoas do mesmo sexo na Igreja Católica demonstraram uma certa abertura do catolicismo sobre os temas, embora isso não seja bem visto pelos mais conservadores, e o Papa Leão XIV é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco. Além disso, é considerado um profundo conhecedor da lei canônica. A mesma rege a Igreja Católica.

Papa Francisco (D) e o então Cardeal Robert Francis Prevost (Foto: Vatican News)

Após a morte do Papa Francisco, o reitor do Santuário de Caravaggio, padre Ricardo Fontana, apontou que o novo líder do cristianismo deveria ter uma postura “diplomática” perante as pautas atuais no mundo, como guerras, fome e meio ambiente. A postura de Prevost logo após o anúncio vai de encontro com este perfil, segundo Fontana.

“A sensibilidade no seu olhar, no seu gesto, revela um homem muito equilibrado, isso é muito importante para ele conseguir esse diálogo entre as nações na promoção da paz, da unidade entre as pessoas e a unidade da igreja”, confirmou ele.

Havia a expectativa de que o novo papa se chamasse Francisco II, demonstrando a continuidade do trabalho realizado por Jorge Mario Bergoglio. Porém, o nome escolhido foi Leão, o qual não era utilizado a quase 150 anos.

“É interessante a gente fazer uma reflexão no nome que ele escolheu, que é Leão XIV, ele pretende dar continuidade ao legado de Leão XIII, eleito papa em 1878, durante a Revolução Industrial, e ele teve um papel fundamental neste momento, ao tratar das questões sociais e das questões de justiça ao trabalho humano”, disse Fontana.

Aos 69 anos, Robert Prevost é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos (Foto: Vatican News)

A formação de Prevost também foi destaca por Ricardo Fontana, com profundos conhecimentos em diversas áreas, é poliglota (fala os idiomas inglês, português, espanhol, italiano e francês), demonstrando grande cultura.

“Com certeza ele tem um carinho, preocupação com o meio ambiente, evangelização da juventude, a igreja que cresce na África, na Ásia. Ele, que viveu muitos anos no Peru, tem esse espírito latino-americano, então é bonito a gente ver que essa escolha do Espírito Santo que inspirou os colegas cardeais para a eleição dele, pela sua dimensão plural de conhecimento e preparação que apresenta. Um homem sereno, com espiritualidade, maduro, equilibrado humanamente“, concluiu o padre Ricardo Fontana.

O dom Odilo Scherer, gaúcho presente da coletiva de cardeais no Vaticano nesta sexta-feira (9), afirmou que Prevost é “Mais peruano que americano”. O fato do Santo Padre ser norte-americano tem gerado preocupação, já que a nomeação se dá diante de um cenário de perseguição de imigrantes, principalmente nos Estados Unidos, estimulada pelo atual presidente Donald Trump.