
O vice-prefeito de Caxias do Sul, Ricardo Fabris de Abreu (Podemos) protocolou na manhã desta segunda-feira (17) um novo pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra (PRB). A peça tem 122 páginas e acusa o prefeito de irregularidades em oito itens. Esse é o sexto pedido de impeachment do prefeito protocolado no Legislativo caxiense.
Como o pedido foi protocolado em período de recesso legislativo, a tendência é que a matéria seja analisada em 2019. Dos cinco pedidos que foram levados para a análise do legislativo até agora, um teve a admissibilidade aprovada pelos vereadores. Após os trâmites, no entanto, o plenário entendeu que não havia fundamentos para que Daniel Guerra tivesse o mandato cassado.
Desta vez, os motivos listados por Fabris são: 1) descumprimento da lei e de decisões judiciais no caso da estrutura do gabinete do vice-prefeito e a tentativa de extinção do mandato dele por meio de uma ação declaratória; 2) o caso do “Corretivo”, no qual o vereador Chico Guerra (PRB), líder de governo na câmara, fala que o prefeito teria sugerido dar um corretivo no líder comunitário Marciano Correa da Silva, do bairro Canyon; 3) A acusação de que as secretárias municipais Camila Sandri Sirena, da Agricultura, Mirângela Rossi, de Urbanismo, Renata Aquino Carraro, do Turismo e Vangelisa Lorandi, de Recursos Humanos, participam ou participaram de sociedades comerciais enquanto ocupavam o Cargo em Comissão, o que caracterizaria improbidade; 4) Acusa o prefeito de preconceito e discriminação, por ter negado um local público para a realização da Parada Livre, por ter proibido as visitas de escolas públicas durante a exposição Santificados, na Câmara de Vereadores e por propôr a criação de um Projeto de Lei no qual proíbe o que chama de “ideologia de gênero” nas escolas; 5) As consequências da suposta intransigência do prefeito Daniel Guerra no tratamento com a Visate, que, segundo o vice-prefeito, pode resultar em um prejuízo futuro para os cofres públicos em função do congelamento da tarifa do transporte coletivo urbano em 2017 e da judicialização do caso; 6) A omissão do prefeito no caso envolvendo os precatórios do Caso Magnabosco; 7) A terceirização da saúde, com a tentativa de implantar uma gestão compartilhada no Postão 24 horas e a abertura da UPA 24 horas nesse modelo de gestão; 8) A falta de transparência na troca do Secretário da Saúde após a saída de Geraldo da Rocha Freitas Júnior, quando o chefe de gabinete Júlio César Freitas da Rosa assumiu.
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