
Flávio Rocha, fundador das lojas Riachuelo e Pré-candidato do PRB à presidência da República esteve em Porto Alegre para mais uma edição do Tá na mesa, realizado pela FEDERASUL, nesta segunda – feira (28).
Rocha falou para empresários e representantes de diversas entidades, ele ressaltou as várias etapas de uma crise, enfatizou que o Estado tem o propósito de servir ao povo.
O pré-candidato defendeu a presença maior do Estado em setores essenciais, como saúde, educação e segurança; a geração de empregos e a desburocratização. e afirmou que caso eleito, dará continuidade a reforma da previdência
Leia a entrevista exclusiva ao Leouvê:
Repórter Arthur Cipriani: Sobre o movimento Brasil 200, que está sendo uma das bandeiras que você carrega, como poderia definir este movimento?
Flávio Rocha: O Brasil 200 é a luta da imensa maioria da população brasileira, que produz e que trabalha, são os trabalhadores, os que empreendem, geram empregos contra a tirania, uma minoria que se apropriou do estado em benefício próprio para manter os seus privilégios. O Estado Brasileiro hoje é uma corte, ele está lá instalado em Brasilia, onde não faltam recursos para salários de funcionários, aposentadorias precoces, mas falta para as atribuições mínimas do Estado como: saúde, educação, segurança pública, o povo morrendo de bala perdida nas ruas, os pacientes morrendo nas filas de hospitais que não tem os medicamentos mais fundamentais.
Não é necessário que nós demos o nosso segundo grito de libertação, nós precisamos devolver este estado para o povo. Este é o meu real objetivo, o de servir, e para isso a empresa privada traz um grande ensinamento, a empresa privada bem sucedida é aquela focada em servir os clientes, a nossa por exemplo, a Riachuelo tem a figura emblemática da Dona Maria, o símbolo da nossa administração. Dona Maria é o nome carinhoso que damos ao nosso cliente, a pessoa mais importante da empresa, quando a Dona Maria tá feliz, as rodas da engrenagem giram, geram – se mais empregos e abrem – se novas lojas, o estado é o inverso disso, está voltado apenas para o seu umbigo, falta dinheiro para abastecer uma viatura policial, uma ambulância, mas não falta dinheiro para pagar contracheque de um funcionário privilegiado com mais de R$ 500 mil, é isso que queremos fazer, devolver o Estado ao seu real dono, seu real patrão que é o povo brasileiro.
Repórter: Tendo em vista o cenário político e econômico que o Brasil vive, não seria interessante uma reforma política?
Flávio Rocha: Sem dúvidas, estamos vendo a rebelião da justa indignação dos caminhoneiros, é a prova que a conta da corrupção, do petrolão, dos desmandos, do monopólio estatal do petróleo que chegaram a propinas de 200 a 300 %, no Navio Sonda, na Plataforma de petróleo tem só um destino que é o preço do diesel e o preço da gasolina, então esta justa indignação tem toda a razão e se soma a voz de toda a população brasileira em protesto a esta aristocracia privilegiada que se apropriou de Brasilia, que só olham para os seus privilégios, e cada vez mais se distancia do propósito de servir a população, mas acho que o recado foi dado, já é mais de uma semana de vias interrompidas e paralisações, vamos agora guardar esta indignação para o seu real escoador, que são as urnas de 7 de outubro, as reivindicações políticas tem que ter toda essa legítima manifestação e vir a tona e eleger um projeto político em defesa a imensa população brasileira, que paga a conta desta farra estatal, que puxa a carruagem e gera riquezas, que sua a camisa, que trabalha, devemos exigir desta esta minoria que se apropriou do estado em benefício de seus privilégios, que volte ao propósito do estado brasileiro que é servir ao aluno da rede pública, do paciente do hospital público, a segurança do cidadão que está morrendo de bala perdida nas ruas.
Repórter:Nas últimas eleições pode se observar um grande número de rejeições e abstenções, com o senhor analisa a próxima eleição, tendo em vista que cada vez menos os jovens querem ir as urnas?
Flávio Rocha: Eu acredito que este cenário está mudando, que essa década não foi perdida pois está havendo um maior grau de politização, eu acho que as pessoas com esta justa indignação, levou a um aprendizado, o eleitor está mais participativo, a indignação leva a isso, eu acredito que estamos virando a página em 7 de outubro, estou esperançoso que possamos encerrar este triste ciclo da história que gerou a maior crise da economia brasileira com quase 14 milhões de pais e mães de família desempregados, eu acho que através das urnas de 7 de outubro iremos virar a página e destravar a economia, gerando milhões e milhões de empregos, sinalizando ao mundo que o Brasil voltou a ser um País atrativo ao investimento, para isso estamos com o pé na estrada, delineando um projeto de geração de empego, que é o caminho para a inclusão social.